Saúde
|
16 de junho de 2023
|
16:37

Funcionários voltam a denunciar risco de acidentes por goteiras no HPS da Capital

Por
Luciano Velleda
[email protected]
Fortes chuvas em Porto Alegre exibiram os problemas do HPS com goteiras e infiltrações. Foto: Divulgação/Marihá Maria
Fortes chuvas em Porto Alegre exibiram os problemas do HPS com goteiras e infiltrações. Foto: Divulgação/Marihá Maria

A chuva que castigou Porto Alegre nas últimas 24h afetou também uma tradicional instituição de saúde da Capital: o Hospital de Pronto Socorro (HPS). Segundo a direção da Associação dos Servidores do Hospital de Pronto Socorro (ASHPS), tão tradicional quanto os serviços prestados no local são os problemas com goteiras a cada temporal.

Fotos e vídeos encaminhados por trabalhadores do HPS nesta sexta-feira (16) mostram a consequência da chuva dentro da emergência do hospital, do 5º andar, na farmácia e nos andares onde ficam localizadas as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).

O problema não chegou a afetar o atendimento dos pacientes, todavia, segundo a direção da Associação dos Servidores do HPS, o funcionamento das atividades ocorre “sob risco”. A quantidade de água acumulada nos corredores traz risco de queda e a farmácia estava alagada, com goteiras sobre os fios dos computadores.

“Com a chuva iniciada ontem, quinta-feira (15), alagamentos voltam a ocorrer no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. O problema não é novidade há muito tempo, sendo por vezes banalizado, mas segue sem solução por parte do governo municipal que anuncia superávit de R$ 516 milhões em 2022, e divulga uma Porto Alegre que não dialoga com a vida real da população. São servidores, pacientes e familiares tendo que conviver a cada chuva com alagamentos dentro do hospital que ficam apenas com promessas de solução”, diz nota da Associação dos Servidores.

A entidade afirma que, no começo de 2022, já havia denunciado problemas graves por conta de infiltrações e alagamentos. A técnica em enfermagem Marília Iglesias, presidente da associação, afirma que os problemas não são pontuais por conta de telhas ou fortes chuvas em dias específicos, como costuma afirmar a Secretaria da Saúde (SMS). A gravidade da situação, diz ela, é “crônica e segue sem solução há anos”. Marília comenta que, no 5º andar do HPS, há uma área interditada devido ao risco de desabamento do teto de gesso por causa de infiltrações.

Infiltrações e goteiras afetam setores internos do HPS. Foto: Divulgação

Em contato com a reportagem do Sul21, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ponderou que o atendimento à população segue normal, sem danos para os pacientes, e que as goteiras são um problema decorrente da antiguidade do prédio.

De acordo com a SMS, a direção do HPS reconhece o problema e está adotando “as providências necessárias” em relação às goteiras identificadas.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora