A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou uma nota à imprensa nesta quinta-feira (14) em que informa que está analisando os indicadores de dengue em Porto Alegre, o que poderá levar a Prefeitura a decretar situação de epidemia da doença. Contudo, a SMS informou à reportagem que a análise só será concluída na próxima semana, portanto, após o feriadão de Páscoa.
Segundo a pasta, a análise levará em consideração aspectos técnicos sobre infestação vetorial, incidência de casos no território e gravidade dos mesmos, além de dados referentes à capacidade assistencial da rede de saúde.
Até esta quinta-feira, já foram confirmados 1.069 caos autóctones — aqueles que são desenvolvidos na localidade — em 2022. No boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (12), o número de casos confirmados era de 964.
“A SMS enfatiza a importância, neste momento em que se verifica a confirmação de 1069 casos autóctones, espalhados por toda a cidade, da população dedicar alguns minutos diários para limpar os pátios e residências e eliminar os locais com água parada”, diz a nota da secretaria divulgada hoje.
Conforme o boletim desta semana, a Vigilância Epidemiológica tinha feito 1.518 notificações de suspeitas de dengue entre moradores da cidade, dos quais 987 acabaram se tornando casos confirmados. Desses, 964 foram contraídos no município e 23 referem-se a pessoas que se contaminaram fora da cidade. A maioria dos casos foram registrados na zona lesta.
O boletim aponta ainda que, de acordo com os dados do monitoramento do mosquito Aedes aegypti feito pela Prefeitura, dois bairros da cidade monitorados por armadilhas apresentam infestação baixa, três apresentaram infestação moderada, 11 o status de alerta e 29 estiveram com infestação alta na semana do monitoramento. Na semana anterior, o número de bairros com alta infestação era de 34, o que indica que houve uma leve queda na última semana.
A diretora da Vigilância em Saúde, Fernanda Fernandes, destaca que o pico de casos autóctones de dengue em 2022 ocorreu entre os dias 20 e 26 de março, com 256 casos.
Fernanda alerta para a importância da comunidade se engajar nas ações, seja nos pátios e residências, evitando manter objetos que possam acumular água, transformando-se em criadouros do mosquito transmissor da dengue, seja no atendimento aos agentes de combate a endemias que estão em atuação na cidade, especialmente nas áreas de confirmação de casos. “São 69 agentes, que atuam em duplas ou maior número. Todos estão identificados”, enfatiza Fernanda Fernandes.
