Saúde
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15 de março de 2022
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18:51

Casos de dengue aumentam 276% em dez dias em Porto Alegre

Por
Sul 21
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Mosquito Aedes aegypti fêmea. Apenas as fêmeas infectadas podem passar a doença para um humano.
Foto: Cristine Rochol/PMPA
Mosquito Aedes aegypti fêmea. Apenas as fêmeas infectadas podem passar a doença para um humano. Foto: Cristine Rochol/PMPA

Porto Alegre registrou um aumento de 276% nos casos de dengue nos últimos dez dias. Nesta terça-feira (15), a Capital chegou a 98 casos confirmados da doença, sendo 95 autóctones (contraídos na cidade), conforme o boletim epidemiológico semanal de arboviroses. No documento divulgado semana passada, o registro era de 26 casos até o dia 5 de março. Os dados podem ser conferidos em tempo real neste link.

A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os casos são registrados em todas as regiões da cidade, com prevalência nos bairros Jardim Carvalho e Monte Cristo, com 33 e 25 registros, respectivamente.

Nesses locais, agentes de combate a endemias da Diretoria de Vigilância em Saúde orientam a população diante da circulação viral, fazer busca ativa de outros casos suspeitos da doença ou de pessoas com sintomas compatíveis com a dengue, além de fazer a remoção mecânica de criadouros de mosquitos. Ao identificarem focos irregulares de lixo, as equipes notificam o proprietário do imóvel ou o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), conforme a situação.

De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde, Fernando Ritter, é essencial que a população fique atenta e evite situações que possam se transformar em foco para o mosquito. “Pequenos recipientes deixados ao ar livre acabam se transformando em criadouros: é o potinho de planta, o ralo, a garrafa, entulhos dentro das casas. Para isso, é fundamental o olhar de cada pessoa, de cada família”, alerta.


Vigilância Ambiental realiza operação para bloqueio de transmissão viral, com aplicação de inseticida, em parte do bairro Jardim Carvalho. Foto: Cristine Rochol/PMPA

No pátio ou área externa:

Verifique os vasos de plantas, retirando os pratinhos. Passe esponja para limpar os ovos que podem ficar aderidos.

Bromélias e outras plantas que podem acumular água: revise semanalmente e remova a água, sempre que possível (se estiverem em vasos, vire de cabeça para baixo). Nas plantas no solo, dê um jato de água nas folhas para remover larvas que tenham se desenvolvido no encaixe das folhas.

Veja se tem materiais em uso e que possam acumular ou estejam com água (baldes, potes, garrafas): secar, tampar ou colocar em local coberto. Caixas d’água, tonéis ou recipientes para armazenamento de água da chuva: manter tampados sem frestas ou colocar tela milimétrica para cobrir.

Recolha o material que poderá ser descartado (latinhas, embalagens plásticas, vidros, garrafas PET, etc.) e coloque em saco plástico para a coleta seletiva de lixo do DMLU.

 

No seu imóvel:

Veja se a calha está desimpedida, removendo folhas e outros materiais que possam impedir o escoamento adequado da água;

Ralos, especialmente de águas de chuva: verifique se estão com água em período seco; nesse caso, coloque tela milimétrica ou adicione, semanalmente água sanitária no ralo;

Piscinas plásticas pequenas: devem ser periodicamente esvaziadas ou serem tratadas com cloro;

Piscinas fixas: devem ser limpas uma vez por semana e tratadas com cloro sempre.

 

Cuidados especiais:

Caixa d’água: manter sempre bem tampada.

Pneus: manter em local coberto ou fazer furos grandes para escoamento da água, caso os utilize na área externa.

Banheiros externos, áreas sem uso: manter vasos sanitários tampados; coloque tela milimétrica nos ralos.

A dengue é uma doença infecciosa, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e tem quatro sorotipos diferentes. Quem pega um tipo, não fica imune aos demais. O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença, por isso, alerta o Ministério da Saúde, é importante evitar água parada porque os ovos do mosquito podem sobreviver por até um ano no ambiente.

No geral, a primeira manifestação da dengue é a febre alta acima de 38°C, que dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele. Em alguns casos, ela pode evoluir para uma forma grave.

Não existe um tratamento específico para a doença. As medidas adotadas visam o controle dos sintomas. Pacientes com suspeita de dengue devem buscar orientação médica logo que surjam os primeiros sintomas.

Com informações da Agência Brasil


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