Política
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7 de fevereiro de 2025
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11:49

Vereadora cria Mapa da Hostilidade Urbana para apontar locais inseguros de Passo Fundo

Por
Sul 21
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Vereadora Marina Bernardes com a versão impressa do mapa | Foto: Divulgação
Vereadora Marina Bernardes com a versão impressa do mapa | Foto: Divulgação

A vereadora Marina Bernardes (PT), de Passo Fundo, lançou em janeiro deste ano o Mapa da Hostilidade Urbana, iniciativa construída a partir de informações prestadas por moradores sobre áreas e regiões da cidade que eles considerassem ameaçadoras e perigosas para transitar. Em 30 dias, mais de 300 pessoas contribuíram com o diagnóstico. A partir das contribuições, Marina elaborou uma primeira versão do mapa, que agora será entregue à Prefeitura para que providências sejam tomadas.

Vereadora em primeiro mandato, Marina teve como uma de suas primeiras ações a iniciativa pedir aos moradores que enviassem locais em que evitam transitar ou estar em razão da falta de iluminação pública, da ausência de manutenção na infraestrutura ou dos constantes relatos de violências sofridas nestes trechos.

As contribuições resultaram em um mapa que identificou 220 locais nos quais os moradores se sentam inseguros. “Esse olhar para a cidade é um elemento importante para ajudar a estruturar políticas de enfrentamento à criminalidade, porque dialoga diretamente com o cotidiano das pessoas”, diz a vereadora.

Marina pontua que o conceito de hostilidade urbana parece distante da população, mas, quando elas param para refletir sobre os motivos pelos quais evitam certos locais porque sentem receio de ser assaltadas ou violentadas, fica mais fácil compreender o impacto da ausência de gestão urbana nesses espaços.

“Os pontos mais hostis estão tanto nos bairros quanto no centro da cidade, mostrando que a violência e a sensação de insegurança afetam a vida de todas as pessoas, claro que com singularidades dependendo de cada região”, diz.

Ao longo de janeiro, a vereadora visitou dezenas dos locais apontados para confirmar as informações enviadas pela comunidade. “Passamos por diversos bairros para ouvir a comunidade e também planejar de que forma o nosso mapa pode contribuir com o Executivo, porque o nosso propósito é dar condições de melhora para que as pessoas andem pela cidade sentindo menos medo”, afirma.

A partir do levantamento, Marina irá elaborar iniciativas legislativas e projetos de lei com o objetivo de enfrentar a questão da hostilidade urbana.

“Um deles [projetos de lei] diz respeito aos abrigos de ônibus, porque não podemos mais aceitar essas estruturas sem o mínimo de condição para proteger as pessoas. Ao invés de garantir a segurança do usuário, estes equipamentos facilitam a ação de abusadores, colocando em risco sobretudo a vida das mulheres”, diz. “Já temos algumas medidas protocoladas junto ao Executivo, como pedidos de providências para a sinalização e iluminação de trechos específicos da cidade, além de indicações sugerindo que espaços públicos, como os banheiros, por exemplo, sejam reformados e qualificados, principalmente os situados nas praças com grande movimentação de crianças, mulheres, pessoas que gestam e idosos”, complementa.

Outro projeto de lei em elaboração busca enfrentar os pontos hostis com ferramentas que incluem um monitoramento contínuo desses locais. “Isso permitirá que a prefeitura atue de forma ininterrupta na melhoria dos trechos a partir da perspectiva de quem vive nessas localidades”, afirma Marina.


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