A Associação dos Técnicos Administrativos Públicos do Rio Grande do Sul (Astap) protestou nesta quinta-feira (3) contra a falta de ações do governo estadual para resolver a situação de insegurança alimentar enfrentada por servidores públicos de nível médio. Uma das categorias de menor salário no Executivo do Rio Grande do Sul, estes servidores têm vencimentos básicos abaixo do salário mínimo regional e até mesmo do mínimo nacional, que é de R$ 1.320.
No protesto, realizado no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), os manifestantes apresentaram um contracheque “gigante” para expor a situação de penúria da categoria. Cerca de 60 trabalhadores participaram do ato, que também contou com a presença dos deputados estaduais Luciana Genro (PSOL) e Jefferson Fernandes (PT).
“O governo tem nos recebido, entretanto não estamos tendo retorno prático, não há nenhuma ação efetiva para o fim da insegurança alimentar no serviço público”, afirma Thomaz Willian de Aguiar da Silva, presidente da Astap.
Em reportagem publicada em junho deste ano, o Sul21 destacou que a Astap estava promovendo uma campanha de doação de cestas básicas para os servidores em razão de muitos se encontrarem em situação de insegurança alimentar. Situação agravada pelo fato de que, além dos baixos salários, grande parte da categoria se viu obrigada a contrair empréstimos consignados no Banrisul durante o período de parcelamento salarial.
Além da reivindicação por reajuste salarial, as entidades têm cobrado do governo a criação criação de um auxílio rancho ou complementação no vale-alimentação. Contudo, apesar de dizer que está estudando o impacto financeiro da medida, a Casa Civil ainda não deu um retorno para os servidores.
