O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta quarta-feira (22) a formalização da ampliação da colaboração federal com as investigações sobre a autoria dos homicídios da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos a tiros em março de 2019.
Até o momento, as investigações apontaram os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz como autor dos disparos e motorista do carro usado no crime, respectivamente, mas não chegaram a uma conclusão sobre os mandantes do crime.
Conforme portaria da Polícia Federal, fica instaurado um inquérito policial para apurar “todas as circunstâncias que envolveram a prática do crime”. O delegado da PF Guilherme de Paula Machado Catramby foi designado para atuar no caso.
“A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes”, escreveu Dino, em postagem nas redes sociais na manhã desta quarta.
A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de MARIELLE e ANDERSON, determinei a instauração de Inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes. pic.twitter.com/iuT6AXOXjL
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) February 22, 2023
A colaboração federal com as investigações sobre a morte de Marielle foi alinhavada na quarta-feira da semana passada, dia 15, quando Dino se reuniu com o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, e com o subprocurador-geral, Marfan Martins Vieira.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o objetivo da cooperação será fortalecer a força-tarefa já criada no Ministério Público do Rio de Janeiro para apurar quem são os mandantes do crime e permitir que a Polícia Federal colabore com as investigações da Polícia Civil.