Política
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24 de outubro de 2022
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16:31

Comissão de Ética da Câmara irá analisar agressão de Bobadra a Radde

Por
Sul 21
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Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

O presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Idenir Cecchim (MDB), encaminhou nesta segunda-feira (24) à Comissão de Ética da Casa um pedido de abertura de processo para apuração dos fatos que envolveram a briga entre vereadores Alexandre Bobadra (PL) e Leonel Radde (PT), no Centro, na última sexta-feira (21).

A Câmara informou que o processo foi recebido pelo presidente da comissão, Cassiá Carpes (PP), e encaminhado para análise da corregedora, Lourdes Sprenger (MDB). Após esta etapa, o processo será encaminhado para apreciação do colegiado da comissão, que definirá se acata ou não as conclusões da vereadora.

Bobadra agrediu Radde a socos após uma discussão nos arredores do Mercado Público. Ambos foram levados ao Palácio da Polícia após o incidente e Radde prestou queixa contra Bobadra por agressão.

Devido à briga entre os vereadores, no domingo (23), a Mesa Diretora da Câmara anunciou o cancelamento das sessões plenárias desta semana. “Decidimos por cancelar as sessões desta semana, para preservar a integridade dos vereadores, dos funcionários, e da própria Câmara. Temos acompanhado, nos últimos dias, um aumento na tensão que envolve o segundo turno das eleições e entendemos que os embates no plenário poderiam colaborar com esse contexto”, disse Cecchim.

Ainda na sexta-feira, Radde relatou a sua versão sobre o caso em entrevista para a imprensa. “Nós estávamos pegando as provas desse delito eleitoral e impedindo também que fosse entregue. Já tinha acontecido um conflito na Andradas, porque estavam distribuindo e nós impedimos isso. E, depois, estávamos indo para o Mercado Público, ali tinha esse material. Eu não fui até a banca, mas um grupo tinha ido. Eu fiquei recuado e o Bobadra veio até a mim, botando o dedo na minha cara. Isso tá tudo em vídeo. Eu disse para ele: ‘olha, tem um crime eleitoral acontecendo aqui, não pode entregar esse material’. Ele disse que o material era dele e eu disse que era crime”, diz Radde.

“Eu estava indo embora, porque tinha chegado a Brigada Militar para avaliar esse material, o pessoal da campanha estava ali, ele bloqueou a minha saída, tentou quebrar o meu braço, segurou o meu pulso. Quando eu consegui me desvencilhar, ele me desferiu três socos, começou a me chutar no chão. Nesse momento, transeuntes intervieram e me defenderam, porque, senão, eu não sei o que aconteceria comigo. Eu estava em cima das mesas, quebraram cadeira, quebraram mesa. Inclusive, o proprietário do estabelecimento ficou apavorado, disse que teve um baita prejuízo. Se tu for ver, em nenhum momento eu não encostei em ninguém”, complementa.

Um vídeo mostra o momento que seria o início da briga. No vídeo, Bobadra acusa Radde de invadir a barraca de sua campanha e roubar material. “Não entra mais na minha barraca, tá ouvindo”, diz Bobadra, de dedo em riste. No vídeo, Radde e apoiadores reagem dizendo que o material era ilegal e não tinha CNPJ.

Em uma postagem no Instagram, Bobadra reiterou o argumento de que teve a barraca de campanha invadida por Radde e diz ter sido agredido por “dezenas de manifestante do PT”. “Eu e o Leonel Radde, a gente se desentendeu. Agora vamos lá para a Delegacia de Polícia para resolver isso aí”.


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