Política
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4 de maio de 2022
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10:05

Camponeses ocupam Secretaria da Fazenda para cobrar auxílio a famílias afetadas pela seca

Movimentos do campo reivindicam auxílio para famílias afetadas pela estiagem | Foto: Maiara Rauber
Movimentos do campo reivindicam auxílio para famílias afetadas pela estiagem | Foto: Maiara Rauber

Por Maiara Rauber
Da Página do MST

Após diversas mobilizações e conversas, sem ações concretas do poder público, na manhã desta quarta-feira (5), agricultores e camponeses vieram para Porto Alegre e ocuparam as dependências da Secretaria da Fazenda. O intuito dessa ação é reivindicar auxílio aos trabalhadores do campo que foram afetados pela seca no Rio Grande do Sul.

Participam do ato, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio Grande do Sul (Consea-RS), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS).

A pauta que reivindica o auxílio do governo aos que sofreram e ainda sofrem com os danos causados pela estiagem no estado gaúcho não é recente. As famílias agricultoras vêm sofrendo com essa problemática há mais de três anos seguidos. Portanto, os agricultores seguem solicitando a liberação de um auxílio e de crédito emergencial que devem ser destinados para amenizar os impactos da seca no RS.

“Essa situação, certamente vai ficar na história do estado, pois o até então governador Eduardo Leite não fez nada de concreto para ajudar os camponeses e as camponesas. Por isso, mais uma vez estamos aqui na capital do Rio Grande do Sul para denunciar e anunciar o descaso que o governo teve com esse povo que é tão importante para o desenvolvimento do nosso estado” pontua Ildo Pereira, da direção do MST-RS.

Ele ainda reforça que a luta das famílias agricultoras e dos movimentos do campo estão fazendo, buscando amenizar as problemáticas enfrentadas no campo. Segundo Pereira, isso já está se estendendo para a sociedade em geral, como a falta de alimento na mesa do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras.

O governo já havia anunciado que teria o auxílio e crédito emergencial, mas de acordo com a Secretaria da Agricultura, ambos estão sob avaliação. A proposta de crédito emergencial se resume em um financiamento de até R$ 20 mil com juro subsidiado pelo governo para a agricultura familiar. No entanto, não foram apresentadas informações concretas como número de famílias beneficiadas e data de liberação desse crédito.

Em relação ao auxílio emergencial, o retorno é o mesmo. Inicialmente, a proposta era beneficiar aproximadamente 100 mil famílias com o valor de até um salário mínimo. Mas, segundo a Secretária de Agricultura, os dados específicos desse auxílio estão sendo avaliados.


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