Política
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7 de dezembro de 2021
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16:17

MPF pede arquivamento do caso do triplex no Guarujá, após suspeição de Moro

MPF pede arquivamento do caso do triplex no Guarujá, após suspeição de Moro
MPF pede arquivamento do caso do triplex no Guarujá, após suspeição de Moro

Da RBA

O Ministério Público Federal (MPF) pediu o arquivamento do caso do triplex no Guarujá (SP), o que encerra o processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação é motivada após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em junho, que considerou suspeita a atuação do ex-juiz Sérgio Moro no caso e anulou a condenação de Lula.

Para os advogados de Lula, Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins, o pedido do MPF põe fim ao caso construído pela Operação Lava com o objetivo de tirar o petista das eleições de 2018. “O pedido de arquivamento apresentado pelo MPF deve pôr fim ao caso que foi construído artificialmente a partir do conluio do ex-juiz Sérgio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol para prender o ex-presidente Lula, retirá-lo das eleições de 2018 e para atacar indevidamente sua reputação, tal como sempre sustentamos”, disseram os advogados em nota.

Na manifestação, a procuradora da República Marcia Brandão Zollinger aponta para a prescrição dos crimes investigados. Após a anulação da condenação no STF, a investigação foi encaminhada para a Justiça Federal em Brasília e teria que recomeçar do zero. O MP avalia que não será possível concluir um novo processo e decidiu que não apresentará nova denúncia contra o ex-presidente.

Apesar de não apresentar provas concretas, a Operação Lava Jato acusou Lula de ter recebido o triplex de Guarujá como uma suposta retribuição por serviços prestados pela OAS à União.

Durante o processo, os advogados do ex-presidente provaram que ele nunca recebeu favorecimentos, muito menos foi dono do imóvel, que pertencia à OAS e foi, inclusive, dado em garantia de um empréstimo feito à Caixa Econômica Federal (CEF). Apesar das evidências, Lula foi condenado pelo ex-juiz e então futuro ministro Sergio Moro.

Em setembro, o empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, peça importante nas “provas” que levaram à condenação do ex-presidente, escreveu uma carta de próprio punho na qual recuou das acusações em sua delação premiada à Lava Jato. Nela, afirmou nunca ter autorizado ou conhecido pagamentos de propina às autoridades citadas no caso.


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