Da Redação*
A manifestação convocada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua Brasil contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (12), teve a presença de pré-candidatos à Presidência da República e ficou marcada por discursos, faixas e bonecos ofensivos ao ex-presidente Lula (PT).
O protesto, que não teve a presença de partidos como PT e PSOL, além da CUT e movimentos populares, ocupou cerca de cinco quarteirões da Avenida Paulista. O ato começou por volta das 14h e até a publicação desta reportagem, a Polícia Militar de São Paulo não havia divulgado a estimativa de público para a manifestação, realizada no mesmo palco dos atos antidemocráticos pró-Bolsonaro do Dia da Independência, na terça-feira (7).
Os manifestantes fizeram uma série de discursos a favor da chamada “terceira via”, marcado pela palavra de ordem “Nem Bolsonaro, Lula”, presente em uma faixa levada por militantes do Partido Novo. O Vem Pra Rua Brasil posicionou um boneco inflável do ex-presidente petista vestido de presidiário unido a Bolsonaro, trajado com uma camisa-de-força.
Entre os possíveis candidatos no pleito presidencial de 2022, estiveram presentes o atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o presidenciável Ciro Gomes (PDT), os deputados federais Simone Tebet (PMDB) e André Janones (Avante), o senador Alessandro Vieira (Cidadania) e João Amoedo (Novo).
Em cima de trios elétricos, discursaram também líderes de partidos e de movimentos ligados à esquerda e ao centro, como o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) e a deputada estadual Isa Penna (PSOL).
Além de São Paulo, foram organizados atos em ao menos outras 14 cidades neste domingo. No Rio de Janeiro, a manifestação começou após as 10h, na Praia de Copacabana, na altura do Posto 5. Três caminhões de som ocuparam a Avenida Atlântica, mas apenas dois deles foram usados na comunicação com os manifestantes.
Os manifestantes se espalharam por duas quadras da pista da Avenida Atlântica junto à praia, que aos domingos é fechada para o lazer. A manifestação teve o acompanhamento de integrantes da Polícia Militar (PM) e da Guarda Municipal, que se restringiram em ficar posicionados em locais estratégicos, garantindo segurança, sem precisar ser acionados. Pouco depois das 12h30 os manifestantes começaram a se dispersar.
Em Brasília, manifestantes se concentraram na área próxima à Biblioteca Nacional. Outro grupo que já estava presente desde o início da manhã – esse de apoiadores do presidente – circulou no local com carro de som. Não houve, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, confronto entre os dois grupos. As manifestações em Brasília cessaram no início da tarde.
A capital mineira Belo Horizonte também registrou protestos. Vestidos de branco, os manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade com faixas e cartazes solicitando mais vacinas, cobrando ações mais rigorosas no controle da pandemia de covid-19 e também portando bandeiras de partidos políticos de oposição. Os atos foram dissipados por volta de 13h.
*Com informações do Brasil de Fato e da Agência Brasil