Política
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6 de agosto de 2021
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18:32

Lira vai levar proposta do voto impresso ao plenário mesmo após derrota em comissão

Por
Sul 21
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Arthur Lira em pronunciamento sobre a PEC do voto impresso. Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados
Arthur Lira em pronunciamento sobre a PEC do voto impresso. Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados

A derrota da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso em comissão especial na noite de quinta-feira (5) não será suficiente para encerrar a discussão. Na tarde desta sexta, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que levará a proposta ao plenário de qualquer forma.

“Pela tranquilidade das próximas eleições e para que possamos trabalhar em paz até janeiro de 2023, vamos levar a questão do voto impresso para o Plenário, onde todos os parlamentares eleitos legitimamente pela urna eletrônica vão decidir”, disse Lira.

A decisão mantém na pauta a PEC da deputada Bia Kicis (PSL-DF), defendida com ferocidade pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.

No pronunciamento, Lira disse ainda que trabalha pela “independência e harmonia entre os Poderes” e que “o botão amarelo continua apertado. Segue com a pressão do meu dedo. Estou atento. 24 horas atento. Todo tempo é tempo”.

Para vigorar nas eleições de 2022, a PEC precisa ser promulgada até o início de outubro deste ano, passando pela Câmara (onde precisa de 308 votos) e pelo Senado (com 49 votos favoráveis), em votação em dois turnos.

Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a tendência é de que a proposta não passe na Casa. “Eu sinto que a vontade da maioria do Congresso Nacional neste momento é a preservação do sistema eletrônico de votação”, declarou em entrevista à GloboNews.

Bolsonaro vem usando a discussão sobre o voto impresso para ameaçar as eleições de 2022, principalmente após a live transmitida em suas redes sociais na semana passada, em que prometeu provas sobre fraudes, mas se limitou a apresentar notícias falsas, amplamente desmentidas inúmeras vezes.

Além disso, vem atacando o Tribunal Superior Eleitoral e, hoje, chegou ao ponto de chamar o presidente do TSE, Luís Alberto Barroso, de filho da puta, durante passagem por Santa Catarina.


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