Política
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7 de julho de 2021
|
18:02

Presidente da CPI dá ordem de prisão a Roberto Dias

Por
Sul 21
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Roberto Dias recebeu ordem de prisão durante a sessão desta quarta | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Roberto Dias recebeu ordem de prisão durante a sessão desta quarta | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, deu ordem de prisão ao depoente Roberto Dias, ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, durante a sessão desta quarta-feira (7). Aziz anunciou a ordem após se irritar com a postura evasiva do depoente diante das perguntas dos senadores e com o que considerou como mentiras faladas por Roberto Dias ao longo do depoimento.

“O depoente vai ser recolhido pela Polícia do Senado. Ele está mentindo desde cedo e tem coisas que não dá para admitir (…) chame a Polícia do Senado. O senhor está detido pela presidência da CPI”, disse o presidente da CPI.

Presente no depoimento, a advogada de Dias afirmou que o pedido de prisão era um “absurdo” e que o seu cliente havia dado “contribuições valiosíssimas” à CPI. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) também questionou a ordem, afirmando que Aziz estava “errando”.

Contudo, o presidente da CPI afirmou que mantinha a decisão e que, se considerasse uma arbitrariedade, o depoente poderia entrar com uma ação judicial contra ele. “Não aceito que a CPI vire chacota. Nós temos 527 mil mortos e os caras brincando de negociar vacina”, afirmou.

 

O pedido de prisão ocorreu após Dias ser interpelado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) com o alerta de que uma reportagem da CNN Brasil exibiu um áudio que desmentiria a tese apresentada pelo ex-diretor de que havia se encontrado com Luiz Paulo Dominghetti de maneira acidental.

O policial militar Dominghetti, que se apresentava como vendedor de vacinas, afirmou em depoimento na CPI no dia 1º de julho que Roberto Dias fez um pedido de propina durante um jantar em que teria sido negociada a compra de imunizantes.

Os senadores chegaram a discutir se o depoimento deveria continuar, mas Aziz acabou encerrando a sessão. “Ele está preso por mentir em perjúrio”, afirmou.

*Com informações da CNN Brasil e do G1.


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