Meio Ambiente
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13 de abril de 2022
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11:54

Museu da PUCRS inaugura exposição sobre efeitos das mudanças climáticas

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Sul 21
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Exposição conta com 14 experimentos interativos e está aberta para a visitação | Foto: Jonathan Heckler
Exposição conta com 14 experimentos interativos e está aberta para a visitação | Foto: Jonathan Heckler

O Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS, em Porto Alegre lançou um novo espaço permanente dedicado a debater o avanço e os impactos das mudanças climáticas no mundo. A exposição Mudanças Climáticas e Tecnologia conta com 14 experiências e será acessível, com recursos de audiodescrição e Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O professor e pesquisador Rodrigo Sebastian Iglesias, do Instituto do Petróleo e Recursos Naturais (IPR) da Pucrs, destaca que os impactos para a sociedade já estão sendo sentidos e serão ainda piores se não houver um esforço contínuo global. Iglesias explica que eventos climáticos extremos, como ondas de calor, tempestades, inundações, incêndios florestais, serão cada mais frequentes. Em março deste ano, por exemplo, ondas de calor extraordinárias que registraram temperaturas de 40°C na Antártica e 30°C no Ártico.

“A influência do homem no aquecimento da atmosfera e dos oceanos é cada vez mais evidente. Por isso, é fundamental entendermos qual o papel da sociedade no sistema climático da Terra, reconhecendo a importância do carbono como fonte de energia e o protagonismo das tecnologias no combate desta crise”, diz.

A exposição está dividida em cinco eixos que debatem diferentes aspectos das mudanças climáticas: interferência humana; catástrofes ambientais; a importância do carbono como fonte de energia; as tecnologias limpas de carbono contra a crise climática; e o futuro que você espera ainda pode ser o futuro que espera você.

O objetivo das novas experiências do museu  é proporcionar diferentes perspectivas e sensações aos visitantes sobre os efeitos das mudanças climáticas. O experimento Efeito Estufa ocorre dentro de uma cabine fechada em que a temperatura ambiente é quatro graus Celcius maior que a temperatura externa. O objetivo é que o visitante “sinta na pele” como será a temperatura média na Terra ao final deste século caso não se busquem alternativas para mitigar a emissão de gases de efeito estufa.

Já o experimento Ciclos de Milankovitch, que, por meio de um simulador, permite ao visitante visualizar os movimentos terrestres e verificar sua relação com a variação da incidência dos raios solares – e consequentemente da temperatura – sobre nosso planeta.

A professora e coordenadora de ações educacionais do MCT, Renata Medina, diz que o museu tem o compromisso em manter o seu público visitante informado sobre as questões mais relevantes em ciências. “Por se tratar de uma questão de grande urgência para a manutenção da qualidade de vida de todas as espécies do nosso planeta, uma exposição interativa que proporcione ao visitante uma imersão sobre o assunto, se mostra de grande significância para a nossa sociedade”, afirma.

A mostra foi desenvolvida a partir de pesquisas e ações realizadas em parceria entre o Museu de Ciências e Tecnologia e o Instituto do Petróleo e Recursos Naturais, estruturas ligadas a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS. O projeto possui financiamento da Global CCS Institute e da Carbon Sequestration Leadership Forum.


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