Internacional
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17 de outubro de 2023
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18:19

Bombardeio a hospital em Gaza deixa centenas de mortos

Por
Sul 21
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Hospital é atingido por bombardeio na Faixa de Gaza. Foto: UNICEF/Eyad El Baba
Hospital é atingido por bombardeio na Faixa de Gaza. Foto: UNICEF/Eyad El Baba

Da Ansa Brasil

Um bombardeio ao Al-Ahli Arabi Baptist Hospital, na cidade de Gaza, deixou ao menos 500 mortos segundo um porta-voz do Ministério da Saúde da região. Se o número for confirmado, esse pode ser o ataque aéreo mais mortal promovido por Israel contra os palestinos. As Nações Unidas relataram que um outro ataque comandado por Israel atingiu uma de suas escolas que era usada como abrigo em Gaza.

O porta-voz militar de Israel, porém, afirmou que “a Jihad Islâmica é responsável por um lançamento falho de um foguete que atingiu o hospital”. Já o porta-voz da Jihad Islâmica negou qualquer responsabilidade do grupo no bombardeio do hospital em Gaza.

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, publicou no Twitter: “O mundo precisa saber. Quem atingiu o hospital em Gaza foram terroristas bárbaros, não o Exército de Israel. Os que mataram brutalmente nossas crianças, também matam as próprias”.

O presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas, proclamou três dias de luto pelo massacre do hospital em Gaza. Ele também cancelou o encontro que teria com Joe Biden na Jordânia nesta quarta-feira (18).

Um dirigente do Hamas disse à NBC News que o grupo está disposto a libertar imediatamente todos os reféns civis, estrangeiros e israelenses, se Israel interromper os ataques aéreos a Gaza. Ele especificou que os reféns podem ser soltos “dentro de uma hora” se Israel parar.

Segundo ele, no momento não há lugar seguro para libertar os reféns. Em troca, porém, Israel teria que soltar todos os palestinos presos nos cárceres israelenses.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, declarou que o ataque a um hospital de Gaza “não está em linha com o direito internacional”.

A presidente da Comissão Europeia (poder Executivo da UE), Ursula von der Leyen, não quis comentar, e disse aguardar confirmações.

O Egito condenou “com a máxima firmeza o bombardeio israelense” ao hospital “que provocou centenas de vítimas inocentes”.

Em nota do Ministério das Relações Exteriores, o Cairo considera que “o deliberado bombardeio de estruturas civis constitui uma grave violação das disposições do direito internacional e humanitário e dos valores mais basilares da humanidade, e convida Israel a encerrar imediatamente suas políticas de punição coletiva contra a população da Faixa de Gaza”.

O país também pede que Israel cesse os bombardeios à passagem de Rafah “para consentir ao Egito e outros países e organizações internacionais fornecer ajuda humanitária o mais rápido possível”.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, escreveu no Twitter: “Atingir um hospital com mulheres, crianças e civis inocentes é o último exemplo de ataques israelenses privados dos valores humanos mais basilares. Convido toda a humanidade a agir para parar essa brutalidade sem precedentes em Gaza”.

A Jordânia condenou “firmemente” o ataque e considerou Israel “responsável pelos perigosos desenvolvimentos. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que o ataque “contradiz os princípios de humanidade e viola leis de guerra”.

A Rússia e os Emirados Árabes pediram uma reunião urgente e aberta do Conselho de Segurança da ONU para quarta-feira (18) de manhã, após o ataque ao hospital em Gaza. As informações foram dadas pelo embaixador russo nas Nações Unidas, Dmitry Polyanskiy.


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