Nesta sexta-feira (13), o secretário-geral da ONU, António Guterres, falou a jornalistas na sede da organização em Nova Iorque pouco antes de participar de reunião fechada no Conselho de Segurança sobre a crise no Oriente Médio. O chefe das Nações Unidas destacou que “até mesmo guerras têm regras” e que o direito humanitário internacional e os direitos humanos devem ser respeitados e cumpridos. Guterres reforçou que civis devem ser protegidos e não podem ser usados como escudos.
O chefe da ONU ainda pediu a soltura imediata de todos que estão reféns em Gaza e acredita que a situação em Gaza atingiu um novo nível de perigo. Após ordem de evacuação das autoridades de Israel para Gaza, Guterres alertou que mover mais 1 milhão de pessoas em uma zona de guerra densamente povoada é “simplesmente impossível”.
Ele ainda destacou que os hospitais no sul de Gaza já estão sobrecarregados e não conseguirão aceitar milhares de novos pacientes do norte. Ele adiciona que o sistema de saúde está à beira do colapso e lembra que onze profissionais foram mortos em serviço e 34 ataques instalações foram atacadas.
Além disso, o território enfrenta uma crise de água devido a danos na infraestrutura e falta de eletricidade para alimentar bombas e usinas de dessalinização. Segundo ele, as Nações Unidas e seus parceiros estão trabalhando para apoiar o povo de Gaza. Ele lamentou as mortes de funcionários e o número crescente de vítimas.
O chefe da ONU afirmou que está em constante contato com líderes em toda a região, buscando em maneiras de reduzir o sofrimento e prevenir novas escaladas na Cisjordânia ou em qualquer outro lugar da região, especialmente no sul do Líbano. Ele mostrou preocupação com os tiroteios ao longo da Linha Azul e declarou que a violência deve parar. Guterres afirmou que a ONU precisa de acesso humanitário imediato em toda a Faixa de Gaza, para fornecer combustível, comida e água a todos que precisam.
Ele concluiu sua mensagem destacando que declarações desumanizantes, que incitam à violência nunca são aceitáveis. O secretário-geral das Nações Unidas fez um apelo aos líderes para condenar o antissemitismo, a intolerância contra os muçulmanos e o discurso de ódio de todas as formas. Para ele, a comunidade internacional se unir para proteger os civis e encontrar uma solução duradoura para este ciclo interminável de morte e destruição.
