A segunda reunião de negociações entre Rússia e Ucrânia, que estava prevista para esta quarta-feira (2), na fronteira entre Bielorússia e Polônia, foi adiada. O adiamento teria ocorrido para dar mais tempo de a delegação ucraniana chegar à região de Brest, perto da Polônia, onde deve ocorrer o encontro. Além disso, aa Ucrânia também estaria tentando ganhar um pouco de tempo enquanto conversa com os Estados Unidos. A primeira reunião de negociação entre os dois países aconteceu dia 28 de fevereiro, mas terminou sem nenhum acordo, após mais de cinco horas de conversação.
Enquanto o ritmo das negociações anda lentamente, no campo militar, a velocidade é outra. Nesta quarta, o porta-voz do ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, afirmou que as Forças Armadas russas já têm “o controle total” do centro regional de Kherson, cidade do sul da Ucrânia, considerada estratégica por sua localização. Ela fica ao norte da Crimeia, dominada pela Rússia desde 2014.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a invasão da Ucrânia pela Rússia já ausou mais de 1 milhão de refugiados na primeira semana do conflito,
“Em apenas sete dias assistimos ao êxodo de 1 milhão de refugiados da Ucrânia para os países vizinhos”, escreveu Filippo Grandi, da Acnur, na manhã desta quinta-feira (3), no Twitter.
Mais de metade dos refugiados já chegaram à Polônia e alguns milhares a outros países, como a República Tcheca, onde existe grande comunidade ucraniana. Filippo Grandi disse ainda que, desde do início da invasão russa, o número de refugiados “cresce exponencialmente, hora a hora” e que nos 40 anos em que tem trabalhado com refugiados nunca viu “um crescimento tão rápido no êxodo de uma população”.
“Até que o conflito cesse, os ucranianos continuarão a fugir”, acrescentou, fazendo a estimativa de que esta crise poderá resultar em 4 milhões de refugiados.
Com informações da Rede Brasil Atual e Agência Brasil
