Internacional
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22 de novembro de 2021
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11:16

Extrema-direita e esquerda disputarão 2º turno da eleição presidencial no Chile

Por
Sul 21
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Kast (esquerda) e Boric duisputarão o segundo turno (Foto: Conclusión/Reprodução)
Kast (esquerda) e Boric duisputarão o segundo turno (Foto: Conclusión/Reprodução)

O Chile realizou neste domingo (21) o primeiro turno das suas eleições presidenciais. Pela primeira vez desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), os partidos tradicionais ficarão de fora do segundo turno, que será disputado entre a extrema direita, representada por Jose Antonio Kast, e a esquerda, capitaneada por Gabriel Boric. Kast foi o mais votado na jornada deste domingo, seguido por Boric, que encabeça a coalizão de esquerda entre a sua Frente Ampla e o Partido Comunista. Além do novo ou da nova mandatária, os chilenos escolheram 155 deputados e 27 dos 50 membros do Senado.

Com cerca de 90% dos votos apurados, José Antonio Kast obteve o primeiro lugar com 27,9% da preferência, seguido por Gabriel Boric com 25,8% da votação.

Enquanto Boric venceu na região metropolitana de Santiago e em Valparaíso, Kast venceu em toda região sul do país.

José Antonio Kast busca agora o apoio de Franco Parisi (Partido da Gente do Chile), que surpreendeu ao obter o 3º lugar, com 13% dos votos, após realizar toda sua campanha fora do país, e Sebastitán Sichel (Vamos Chile), quem obteve 12,55% da votação. Parisi está fora do Chile evadindo um processo judicial que poderia levá-lo à prisão pela falta de pagamento de pensão alimentícia.

Gabriel Boric, reconhece que terá que correr atrás da diferença de quase 300 mil votos até o segundo turno no dia 19 de dezembro, “para ganhar o segundo turno precisamos ser humildes e receptivos, jamais arrogantes”, afirmou.

No legislativo chileno, os partido tradicionais conseguiram manter sua força. Entre os 50 senadores, a maior bancada é da chapa de direita Chile Podemos Mais com 24 senadores, seguida da chapa Novo Pacto Social, dos partidos da antiga Concertação Chilena, com 18 cargos.

Já na Câmara de Deputados, Chile Podemos Mais obteve 56 deputados, seguida da chapa Novo Pacto Social, que venceu 36 cadeiras, enquanto a chapa Aprovo Dignidade, de Gabriel Boric, ficou em terceiro lugar com 35 parlamentares  do total de 155 cadeiras.

(*) Com informações do Opera Mundi e Brasil de Fato.

 


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