![Cozinha Solidária da Azenha, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), chegou a marca de 200 mil marmitas distribuídas desde o início da emergência climática. Em comemoração, o movimento serviu bolo na Praça Princesa Isabel | Foto: Isabelle Rieger/Sul21](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IMG_0608-450x300.jpeg)
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) alcançou nesta segunda-feira (1º) a marca de 200 mil marmitas entregues em suas cozinhas solidárias desde o início das enchentes que atingiram Porto Alegre, em maio.
Leia mais:
MTST inaugura nova Cozinha Solidária da Azenha em imóvel alugado
No início daquele mês, a Cozinha Solidária da Azenha foi convertida na primeira cozinha de emergência do MTST, aumentando em 10 vezes a capacidade de produção para alimentar pessoas afetadas pelas enchentes. Posteriormente, foram inauguradas novas unidades das cozinhas, nos bairros do Lami e Mário Quintana. A marca de 200 mil marmitas foi alcançada somando a produção das três cozinhas.
Nesta segunda, o movimento realizou um ato na Praça Princesa Isabel, no bairro Azenha, próximo ao local onde fica a primeira unidade da cozinha, com a entrega de bolo para os usuários do espaço como forma de celebrar a marca de 200 mil marmitas fornecidas.
“Duzentas mil marmitas, duzentos mil pratos de comida, duzentas mil situações que a gente combateu a fome”, celebrou Fernando Campos Costa, Coordenador Nacional do MTST, durante o ato. “O primeiro dia da enchente, quem é que estava lá levando marmita? Era a Cozinha Solidária. E isso é bem importante porque é o movimento social organizado, é o povo organizado, garantindo que a gente não vai passar fome. Não foi empresa, não foi igreja, foi o movimento social organizado que luta por moradia, que luta pelos sem-teto”, complementou.
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cozinha-solidaria-9-1024x683.jpg)
O movimento destacou que o aumento da produção só foi possível pelo apoio de rede de solidariedade que se formou ao redor da Cozinha Solidária da Azenha, o que envolve doações de dinheiro, alimentos e tempo de trabalho voluntário.
Fernando também pontuou que, neste momento de continuidade do enfrentamento aos impactos do evento climático extremo, o papel do movimento social vai além da cozinha solidária, uma vez que será essencial para auxiliar os atingidos a acessarem políticas de habitação social.
“O governo federal vem sinalizando que ninguém vai ficar sem casa. E de onde vai vir a organização para que ninguém fique sem casa? Vocês acham que eles vão vir aqui na praça oferecer casa para vocês? Não, né. Então, povo, a gente tem que ser organizar. Não vai ser um por um indo no Demhab [Departamento Municipal de Habitação] que vai conseguir. Não vai ser indo na secretaria do governo do Estado. Vai ser se organizando e fazendo pressão”, disse. “Sozinho, cada um de vocês não vai resolver o problema. Só juntos a gente vai conseguir. E a cozinha é uma trincheira para isso. É um lugar para a gente se juntar, somar e se organizar”, complementou.
Confira mais fotos do ato:
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IMG_0648-1024x683.jpeg)
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cozinha-solidaria-1024x683.jpg)
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/cozinha-solidaria-2-1024x683.jpg)
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IMG_0745-1024x683.jpeg)
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IMG_0638-1024x683.jpeg)
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IMG_0683-1024x683.jpeg)
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IMG_0502-1024x683.jpeg)
![](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2024/07/IMG_0543-1024x683.jpeg)