Em boletim divulgado na tarde desta sexta-feira (14), professores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS) avaliam que as chuvas previstas para atingir o Rio Grande do Sul e a Região Metropolitana de Porto Alegre a partir deste final de semana devem causar aumento nos volumes dos rios afluentes causando aumento nos níveis do Guaíba ao longo da próxima semana, mas sem que a cota de alerta do Guaíba seja superada.
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A previsão meteorológica projeta até sete dias seguidos de chuvas, com diferentes intensidades nas regiões do estado. Segundo a MetSul, o novo episódio será de chuva volumosa, com potencial de criar transtornos e alagamentos. A estimativa é de altos acumulados de chuva, com volumes que podem levar a cheias de rios, entretanto, sem a mesma gravidade das ocorridas em maio e que arrasaram o RS.
O boletim do IPH destaca que, às 11h desta sexta-feira, a régua colocada na Usina do Gasômetro indicava que o nível do Guaíba estava em 2,50 m, mais de 60 cm abaixo da cota de alerta. Somente nas últimas 24 horas, o nível baixou mais de 10 cm.
A principal preocupação dos professores do IPH é com a possibilidade de eventos que venham a elevar os níveis para acima das cotas de inundação e alerta — definidas como 3,60 m e 3,15 m pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA) para a régua Usina do Gasômetro –, em função de oscilações causadas pelo efeito dos ventos e afluências dos rios nos próximos dias. Contudo, a previsão de momento não indica que estas cotas sejam superadas.
“Os cenários de previsão indicam estabilização/aumento dos níveis do Guaíba, abaixo da cota de alerta, e podendo ocorrer oscilações em função da ação dos ventos. Os ventos que sopram na direção norte ainda hoje favorecendo o escoamento no Guaíba e o vento sul a partir do final de semana pode causar o represamento. As chuvas previstas para o final de semana e semana que vem, se confirmadas, tendem a causar aumento nos volumes dos rios afluentes causando aumento nos níveis do Guaíba ao longo da semana. Por enquanto, as previsões não indicam níveis acima da cota de alerta. Entretanto é necessário atenção aos precipitados observados, pois os modelos meteorológicos podem subestimar as chuvas no horizonte de previsão”, diz o boletim.
