O Auxílio Canoense Reconstrução, da Prefeitura de Canoas, teve 20,1 mil cadastros até esta sexta-feira (21), quando encerrou o prazo das inscrições. O programa exige que os beneficiários trabalhem na Frente Emergencial de Limpeza do município para receber cada uma das cinco parcelas de R$ 400, somando R$ 2 mil ao fim de cinco meses.
Entre os mais de 20 mil interessados em trabalhar pelo auxílio, apenas 5 mil pessoas serão selecionadas para participar do programa. A classificação e seleção dos beneficiários obedecerá a um somatório de pontos de acordo com uma série de critérios. Um deles é o número de filhos em idade escolar: é somado um ponto por filho. Da mesma forma, ser idoso ou pessoa com deficiência também conta pontos. As famílias beneficiadas precisam estar inscritas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) e ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo.
Nas redes sociais, o funcionamento do programa gerou indignação em alguns moradores quando divulgado pela Prefeitura. “Virou gincana”, comentou uma pessoa. “Parem de classificar nossa tragédia!”, reivindicou outra.
A Frente de Limpeza inicia os trabalhos no mês de julho, ainda sem dia definido. Cada parcela do auxílio será paga por Pix na data da realização das atividades, que incluem varrição e pintura de espaços públicos atingidos. Os beneficiários terão de cumprir uma jornada de oito horas, uma vez por mês, durante cinco meses. De acordo com o decreto sobre o auxílio, a falta não justificada ao dia de trabalho por parte do beneficiário selecionado acarretará na exclusão do programa. A Prefeitura afirma que vai providenciar alimentação, transporte e equipamentos de proteção para os trabalhadores na data de participação.
