Geral
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25 de maio de 2024
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17:14

Governo federal autoriza a compra de 1 milhão de toneladas de arroz

Apesar da enchente, Instituto Rio Grandense do Arroz diz que não haverá quebra de safra. Foto: Luiza Castro/Sul21
Apesar da enchente, Instituto Rio Grandense do Arroz diz que não haverá quebra de safra. Foto: Luiza Castro/Sul21

Da Agência Brasil

O governo federal autorizou, através de medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa sexta-feira (24), a compra de até um milhão de toneladas de arroz estrangeiro com a finalidade de garantir o abastecimento em todo o país, que pode ser afetado pelo fenômeno climático que atinge o Rio Grande do Sul. O estado é responsável pela produção de 70% do arroz consumido no País.

Ao todo, foram liberados R$ 7,2 bilhões para a compra de arroz com o preço tabelado em R$ 4 por quilo. A finalidade é garantir que o cereal chegue diretamente ao consumidor final, assegurando o abastecimento alimentar em todo o território nacional.

A compra autoriza o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a fazer a aquisição.

O estoque será destinado à venda direta para mercados de vizinhança, supermercados e hipermercados, além de estabelecimentos comerciais com ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas.

“Esta medida provisória é um passo crucial para garantir a segurança alimentar de todo o povo brasileiro”, avaliou Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

O governo gaúcho, entretanto, afirma que a safra de arroz do estado é suficiente para a demanda do País. Segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a safra 2023/2024 de arroz do Rio Grande do Sul deve ficar em torno de 7,1 milhões de toneladas, mesmo com as perdas pelas inundações que o estado sofreu em maio. O número é bem próximo ao registrado na safra anterior, de 7,2 milhões de toneladas.

“Mesmo considerando as perdas, temos uma safra praticamente idêntica à anterior, o que nos leva a calcular que não haverá desabastecimento de arroz”, argumentou o presidente do Irga, Rodrigo Machado.


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