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23 de fevereiro de 2024
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11:35

Censo 2022: Porto Alegre passa a ter mais apartamentos do que casas

Por
Luís Gomes
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Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (23) o estudo “Censo 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo” apontando que Porto Alegre passou, pela primeira vez, a ter mais apartamentos do que casas.

O estudo destaca que, em 2022, o Brasil tinha 59,6 milhões de casas ocupadas, nas quais residiam 171,3 milhões de pessoas. Ou seja, a maioria da população (84,8%) morava nesse tipo de residência, enquanto 12,5% da população residia em apartamentos. Contudo, o levantamento aponta que Porto Alegre é uma das cidades do Brasil com a maior presença percentual de apartamentos, com este tipo de domicílio respondendo por 49,55% do total.

De acordo com os dados, a Capital possuía 687.679 domicílios em 2022, dos quais 276.628 (49,55% do total) são apartamentos, 264.811 (47,44%) são casas, 15.797 são casas de vila ou condomínio (2,83%), 907 são cortiços (0,16%) e 109 estruturas degradadas ou inacabadas (0,02%). Com relação ao Censo 2010, o número de apartamentos cresceu em 16%, era de 237.297. Já o número de casas, que era de 254.052, cresceu apenas 4,2%.

O levantamento também destaca que, entre todos os domicílios identificados em Porto Alegre, 558.252 estão ocupados (81,32% do total), 100.997 (14,71%) são considerados como não ocupados vagos e 27.242 (3,97%) são considerados não ocupados de uso ocasional. Entre permanentemente ocupados, a média de moradores é de 2,37 por domicílio.

Apesar de registrar uma expansão dos domicílios do tipo apartamento, o Censo 2022 mostra que, dos 5.570 municípios brasileiros, em apenas três predominava essa modalidade, configurando uma exceção. O município recordista de apartamentos é Santos (SP), com 63,4% do total de domicílios, seguido por Balneário Camboriú (SC), com 57,22% de apartamentos, e São Caetano do Sul (SP), com 50,77%.

O levantamento sobre a situação dos domicílios também identificou que quase a totalidade dos moradores da Capital tem acesso a banheiro, rede de água e coleta de lixo. De acordo com os dados, 99,72% dos domicílios ocupados têm banheiro de uso exclusivo, sendo que 64,71% deles, o que equivale a 361,2 mil, tem apenas um banheiro, 26,16% (146 mil) tem dois banheiros, 6,41% (35,7 mil) tem 3 banheiros e 2,45% (13,6 mil) tem quatro ou mais. O número de domicílios sem banheiro é de 1.591 (0,28%).

Com relação ao abastecimento de água, o levantamento aponta que 553.331 domicílios ocupados têm acesso à rede geral de abastecimento de água, o que representa 99,12% do total. Já o número de domicílios com coleta de lixo é de 555.251 (99,46%).

Por outro lado, ainda há uma parcela maior dos domicílios que não têm conexão com a rede de esgoto, 6,99%.


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