Geral
|
28 de junho de 2023
|
11:13

Censo: Brasil tem 203 milhões de habitantes; RS tem 10,8 milhões

Por
Sul 21
[email protected]
Em 2022, os habitantes do estado de São Paulo representavam cerca de um quinto da população brasileira | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em 2022, os habitantes do estado de São Paulo representavam cerca de um quinto da população brasileira | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (28) os primeiros dados relativos ao Censo Demográfico de 2022, que apontam que a população brasileiro, em 1º de agosto do ano passado, era de 203.062.512 habitantes. Na comparação com o último Censo, realizado em 2010, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. De acordo com o IBGE, a média de crescimento populacional anual, que ficou em 0,52% no período, é a menor desde que o Brasil começou a realizar o levantamento, em 1872.

“Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.

O Sudeste continua sendo a região mais populosa do país, atingindo, em 2022, 84,8 milhões de habitantes. Esse contingente representava 41,8% da população brasileira. Já o Nordeste, onde viviam 54,6 milhões de pessoas, respondia por 26,9% dos habitantes do país. As duas regiões foram as que tiveram a menor taxa de crescimento anual desde o Censo 2010: enquanto a população do Nordeste registrou uma taxa crescimento anual de 0,24%, a do Sudeste foi de 0,45%.

Por outro lado, o Norte era a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes, representando 8,5% dos residentes do país. Essa participação da região vem crescendo sucessivamente nas últimas décadas. A taxa crescimento anual foi de 0,75%, a segunda maior entre as regiões, mas bem inferior àquela apresentada no período intercensitário anterior (2000/2010), quando esse percentual era de 2,09%. Isso significa que, embora a população continue aumentando, o ritmo de crescimento do número de habitantes do Norte é menor em relação à década anterior.

A taxa de crescimento anual do Norte, frente aos dados de 2010, só foi menor do que a do Centro-Oeste (1,23%), região que chegou a 16,3 milhões de habitantes, o menor contingente entre as regiões. Isso significa um aumento de 15,8% em 12 anos. O Sul, que concentrava 14,7% dos habitantes do país, aumentou seu contingente populacional em 9,3% no mesmo período, alcançando 29,9 milhões de pessoas

 

Fonte: IBGE

O Censo aponta que o Rio Grande do Sul tem 10.880.506 habitantes. A população gaúcha aumentou em 186.577 pessoas (1,7%) com relação a 2010, quando o Estado tinha 10.697.929 pessoas.

Com isso, o RS perdeu o posto de quinto estado mais populoso para o Paraná, cuja população aumentou quase 1 milhão de habitantes no período. Acima dos dois estados estão as populações de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.

O Rio Grande do Sul teve uma das menores médias de crescimento anual desde 2010. A população gaúcha cresceu, em média, 0,14% ao ano entre 2010 e 2022. Apenas Alagoas, Rio de Janeiro, Bahia e Rondônia cresceram menos.

 

Fonte: IBGE

O Censo 2022 constatou também que o Rio Grande do Sul é o estado com menor média de moradores por domicílio ocupado. São 2,4 moradores por domicílio gaúcho. A média nacional é de 2,79 moradores. No Amazonas, unidade da federação com maior média, são 3,64 moradores em cada residência.

O resultado reflete tendência observada em 2010, quando o RS já era o estado com menos moradores por domicílio. Naquele Censo, o RS tinha 2,95 moradores por domicílio, único estado com média inferior a 3.

Em 2022, os recenseadores do IBGE encontraram 5.327.241 domicílios no Rio Grande do Sul. Destes, 5.317.769 foram classificados como particulares permanentes, dentre os quais mais de 1 milhão não tinham moradores – 604.277 estavam vagos e 458.282 eram de uso ocasional, como, por exemplo, as casas de veraneio no litoral ou casas de campo.

Municípios do litoral gaúcho estão entre os que mais têm domicílios particulares de uso ocasional. As quatro cidades brasileiras com maior proporção de residências de uso ocasional ficam no Rio Grande do Sul. Arroio do Sal é o município com maior proporção destes domicílios: 72,1% das residências são de veranistas.

Foram encontrados ainda, no Rio Grande do Sul, 2.554 domicílios classificados como particulares improvisados, como tendas, barracas, trailers ou mesmo espaços não destinado à moradia, como um colchão dentro de um estabelecimento comercial. E 6.918 domicílios classificados como coletivos, como asilos, hotéis, pensões, alojamento de trabalhadores ou estudantes, penitenciárias, quartéis, clínicas com internação, entre outros.

A média de moradores por domicílio conta apenas os particulares permanentes ocupados, excluindo vagos, de uso ocasional, improvisados e coletivos.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora