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23 de março de 2022
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09:50

Servidores federais iniciam greve por reajuste salarial nesta 4ª

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Sul 21
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Servidores realizam manifestação diante da sede do INSS em Porto Alegre nesta quarta | Foto: Divulgação
Servidores realizam manifestação diante da sede do INSS em Porto Alegre nesta quarta | Foto: Divulgação

Servidores federais do INSS, Saúde, Trabalho e Anvisa entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (23) para reivindicar que o governo federal abra imediatamente negociações por reposição salarial. Os trabalhadores, que não recebem reajuste há 5 anos, pedem reposição de 19,99%, índice referente à inflação acumulada nos últimos três anos.

A mobilização foi incentivada pelo fato de que o presidente Jair Bolsonaro reservou R$ 1,7 bi no orçamento de 2022 para reajuste de policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários, mas deixou de fora as demais categorias do funcionamento público federal, o que causou revolta nas categorias.

Outro fator que justifica a mobilização neste momento é o fato de que, por se tratar de um ano eleitoral, o governo não pode conceder reajustes a servidores no período de seis meses que antecede as eleições, prazo que passa a contar a partir de 5 de abril.

O Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência no RS (Sindisprev-RS) informou a greve dos servidores da base ao Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério da Saúde e Secretaria da Anvisa na sexta-feira (18), assim como aos gestores e superintendentes das pastas. A greve foi decidida em Plenária Nacional virtual da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), realizada em 5 de março.

Além da reivindicação salarial, os servidores do INSS também reivindicam reconhecimento da carreira do Seguro Social como típica de Estado; revisão do sistema de metas; concurso público para reposição do quadro; e condições de trabalho adequadas para atendimento da população.

De acordo com o Sindisprev-RS, o INSS conta hoje com cerca de 1,8 milhão de benefícios parados, o que seria resultada da defasagem no quadro de servidores e da política de atendimento inadequada definida pelo órgão.

Já os servidores do Ministério da Saúde apontam que, desconsiderando os recursos destinados ao combate da pandemia de covid-19, o órgão recebeu em 2022 o menor orçamento desde 2012.


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