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25 de janeiro de 2022
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13:04

PT pede que MP investigue denúncia de seletividade na perfuração de poços no RS

Por
Sul 21
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Prefeito de São Sepé enalteceu coragem de servidores da Corsan. (Facebook/João Luiz Vargas/Reprodução)
Prefeito de São Sepé enalteceu coragem de servidores da Corsan. (Facebook/João Luiz Vargas/Reprodução)

Os deputados da bancada do PT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul encaminharam ao Ministério Público uma “comunicação de fato grave” pedindo a investigação da existência de um processo de seletividade na perfuração de poços de captação de água no Estado, especialmente nas áreas mais atingidas pela estiagem e pela onda de calor. O ofício entregue ao Procurador-Geral, Marcelo Dorneles pelo líder da bancada petista, deputado Pepe Vargas, nesta terça-feira (25), pede que se apure uma suposta comunicação entre integrantes da administração da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), determinando dar prioridade para perfuração de poços de captação de águas aos municípios que aderiram ao denominado “Termo Aditivo”, para a privatização da empresa, em detrimento das demais cidades que possuem contratos vigentes, mas que não assinaram o referido termo.

“A adesão ou não dos municípios ao termo aditivo não pode ser critério para a Corsan decidir onde perfura ou não poços. Nós entendemos que o critério deve ser onde mais necessita de água”, afirmou o deputado Pepe Vargas.

A informação sobre a suposta determinação foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua) que, em nota oficial, relatou informações obtidas junto ao prefeito de São Sepé, João Luiz Vargas, que publicou um post em seu perfil no Facebook, no dia 22, agradecendo e elogiando os trabalhadores da Corsan da regional de Santa Maria, que não teriam acatado sugestão de assessora da Presidência da Corsan.

Ainda segundo o prefeito, a assessora disse para suspenderem a perfuração de poços na Vila Block, porque São Sepé não assinou a autorização para a venda da empresa estatal”. “Queremos que o Ministério Público averigue essa denúncia, pois se confirmar-se que houve essa comunicação, temos uma situação grave que configura crime”, afirmou Pepe.

O procurador Marcelo Dorneles se disse surpreso com a informação e garantiu que dará início a uma investigação. “Vamos avaliar, verificar com a presidência da Corsan quais são os critérios para as perfurações de poços e pedir o cronograma de execução”, disse Dorneles.


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