Lorena Paim
Como recomendação do Ministério do Esporte, as 12 cidades sedes do Mundial devem fazer estudos para avaliar os legados da Copa de 214. Em Porto Alegre, onde haverá cinco jogos, o projeto é coordenado pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No dia próximo 14, serão realizadas oficinas para apresentar dados e discutir metodologias.
O trabalho já começou, diz o diretor da Engenharia, professor Luiz Carlos Pinto da Silva Filho. Os principais indicadores foram formulados e a fase agora é a de reunião de dados. Estão colaborando 70 pesquisadores, da própria Universidade e de outros órgãos. O projeto foi subdividido em oito dimensões: saúde, segurança, mobilidade urbana, arenas, turismo, energia, telecomunicações e aeroportos.
Cada um desses itens será medido e analisado, para ver que impacto deixam na cidade. Já é possível observar que muitas obras que estavam programadas para a capital foram alavancadas pela Copa. “O mais difícil é a integração de dados”, diz o professor, lembrando a quantidade de informações e de fontes que estão em jogo nesta pesquisa.
A meta é unificar os dados das 12 cidades sedes, com a publicação de um livro, ainda este ano. As cidades serão comparadas entre si e o Brasil com outros países que realizaram Copa do Mundo ou outro megaevento. O professor Luiz Carlos cita como exemplo de legado positivo Barcelona, na Espanha, após os jogos olímpicos de 1992. Ela deu um salto, se modernizou, melhorou o setor de transporte, enfim, teve mais ganhos do que aspectos negativos. Em Porto Alegre, o estudo levará em conta o legado físico (infraestrutura, turismo etc) e o intangível (a imagem que ficará para mundo).
