![Empresa Gaúcha de Rodovias irá administrar catorze praças de pedágio a partir desta terça-feira](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2021/03/2014010620140106084422rs_122_16-450x300.jpg)
![Praça de Pedágio da EGR na ERS-122, em Flores da Cunha. Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini](https://www.sul21.com.br/jornal/wp-content/uploads/2014/01/2014010620140106084422rs_122_16-1024x682.jpg)
Iuri Müller
Criada na metade de 2012, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que substituiu as concessões privadas em algumas das rodovias do estado, passa a administrar, nesta terça-feira (7), catorze praças de pedágio. A mudança no sistema de pedágios fez com que o preço das passagens municipais baixasse ligeiramente nesta semana, ao menos nas rodovias administradas pela EGR.
A EGR esperava estar à frente das catorze praças no final do primeiro semestre de 2013, mas algumas das empresas privadas entraram com recursos contra o fim da concessão, o que atrasou o anúncio. Desde então, nos polos em que a empresa pública atua, os valores cobrados são menores em relação ao panorama anterior. A diminuição da tarifa paga nos guichês fez com que, consequentemente, o transporte de cargas e de passageiros também passasse por ligeiro barateamento.
Segundo informações do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), mais de trezentas linhas de ônibus intermunicipais foram atingidas num primeiro momento com a desativação de pedágios da antiga concessão. A redução da passagem variou entre R$ 0,20 e R$ 0,80 nestes trechos. A partir da zero hora desta terça-feira (7), quando será iniciada a cobrança de tarifa em novas cinco praças, as passagens encarecem um pouco. Em cerca de setenta linhas, o bilhete sobe entre R$ 0,15 e R$ 0,60.
Além do transporte de passageiros, o de carga também terá benefícios, segundo a empresa. “O caminhão que viajava de Carazinho a Porto Alegre chegava a pagar, ao longo de toda a viagem, cerca de R$ 250,00 em pedágios. Este preço agora vai ser menor”, exemplifica Luiz Carlos Bertotto, presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias. Para Bertotto, trata-se de uma consequência “pensada”, já que há relação direta entre os dois serviços rodoviários.
A mudança no sistema de pedágios era uma questão que há tempos se discutia nos governos estaduais. Parte das concessões foi colocada à disposição da iniciativa privada nos últimos anos da década de 1990, durante o mandato do ex-governador Antonio Britto. A EGR afirma que, ao contrário deste modelo, espelha-se no método dos pedágios comunitários já posto em prática pelo DAER.
“Trabalhamos com a participação comunitária, através dos conselhos, que decidem conosco o rumo dos investimentos e o que vai ser aplicado nas rodovias, que seguem o modelo dos pedágios comunitários do DAER. Diferentemente das concessões, a empresa não vai ser administrada apenas por seus diretores”, avalia Luiz Carlos Bertotto. A EGR garante que não planeja incorporar mais praças ou modificar o preço das tarifas nos próximos meses.
Além do atraso para assumir a gestão de algumas das praças de pedágio, a EGR também se depara com a demora para viabilizar a aquisição de ambulâncias para as rodovias que administra. Até o momento, apenas três dos trinta e um carros já estão à disposição do corpo de Bombeiros. Segundo Bertotto, o atraso no processo licitatório se deve a mudanças no modelo de ambulância a ser comprado. No entanto, o presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) garante que o atendimento está sendo feito de outras formas nestas estradas.