Geral
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22 de novembro de 2011
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11:14

Ministério Público pode contestar na Justiça novo texto do Código Florestal

Por
Sul 21
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Gisi (e) promete ingressar com ações judiciais para contestar teor do novo Código Florestal | Foto: Elza Fiúza/ABr

Da Redação

O Ministério Público Federal (MPF) avaliou que o relatório do Código Florestal lido nesta segunda-feira (21) no Senado ainda é insuficiente para assegurar a preservação da biodiversidade. O subprocurador-geral Mário Gisi informou que, caso os temas mais sensíveis não sejam atendidos, existe a possibilidade de o MPF ingressar com ações para garantir a preservação do meio ambiente via judicial.

“O projeto da Câmara dos Deputados saiu com inúmeras imperfeições e no Senado já teve uma melhora, mas, todavia, vemos como insuficiente para atender àquele delineamento que a Constituição estabelece em relação ao meio ambiente”, disse Gisi, ao comentar o parecer apresentado pelo senador Jorge Viana (PT-AC) na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado.

Ontem o procurador presidiu uma audiência pública para tratar do assunto na Procuradoria-Geral da República (PGR). A ideia é enviar sugestões ainda nesta terça-feira (22) para emendas ao projeto. De acordo com Mário Gisi, a abertura para debate no Senado tem sido melhor que na Câmara.

Uma questão que merece reparos, segundo ele, é a tolerância para o desmatamento em reservas legais, como a anistia de multas para quem atuou irregularmente. Outro ponto criticado foi a liberação das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e turismo rural em áreas rurais consolidadas até 2008 dentro de áreas de preservação permanente (APPs).

Os membros da CMA terão até as 18h para apresentar novas emendas ao texto. A previsão é que a matéria seja votada pela comissão nesta quarta-feira (23).

Com informações da Agência Brasil


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