O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou nesta terça-feira (18) reajustes nas bolsas de fomento tecnológico e extensão inovadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Oito modalidades de bolsas receberam reajustes que variam entre 24% e 94%, sendo este último percentual relativo à iniciação ao extensionismo (IEX). Ao todo, 6,5 mil bolsistas serão beneficiados, segundo o MCTI. Os novos valores passam a valer a partir do próximo pagamento, em agosto.
As bolsas do CNPq são destinadas à formação e capacitação de recursos humanos e à agregação de especialistas, que contribuam para a execução de projetos de pesquisa ou de desenvolvimento tecnológico, assim como atividades de extensão inovadora e transferência de tecnologia.
“As bolsas de fomento tecnológico e extensão inovadora constituem mais um instrumento para a transferência de conhecimento e geração de inovação. O reajuste que anunciamos hoje reflete o compromisso do nosso governo com as pesquisadoras e pesquisadores do país e com a ciência como instrumento para a superação dos mais diferentes desafios e como pilar do desenvolvimento nacional, sendo a inovação um dos principais elementos da política de reindustrialização do Brasil em novas bases tecnológicas”, disse a ministra Luciana Santos.
O impacto orçamentário é de R$ 202 milhões, com recursos do orçamento do CNPq, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do MCTI e de instituições parceiras que contam com bolsistas das modalidades contempladas, tais como o Ministério da Saúde, Embrapa, INPE, Fiocruz, AEB e outros.
“Não pudemos anunciar antes esses reajustes porque os novos valores dependiam de recursos de fontes externas e, para isso, foram necessários estudos e negociações com cada parceiro para definirmos os valores viáveis”, explicou o presidente do CNPq, Ricardo Galvão. “Essas bolsas representam o principal instrumento de atração de pessoal qualificado no âmbito de parcerias temáticas do CNPq, além de atuar como importante reforço às equipes do Programa INCT”, completou a ministra.
1) Iniciação Tecnológica e Industrial (ITI):
Finalidade: estimular o interesse para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico em estudantes do nível médio e superior ou de graduados em nível médio.
Reajustes: categoria A passa de R$ 400 para R$ 700 (75%); categoria B passa de R$ 161 para R$ 300 (86%).
2) Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI):
Finalidade: possibilitar o fortalecimento da equipe responsável pelo desenvolvimento de projeto de pesquisa, desenvolvimento ou inovação, por meio da incorporação de profissional qualificado para a execução de uma atividade específica.
Reajustes: categoria A passa de R$ 4 mil para R$ 5,2 mil (30%); categoria B passa de R$ 3 mil para R$ 3,9 mil (30%); categoria C passa de R$ 1,1 mil para R$ 1.430 (30%).
3) Especialista Visitante (EV):
Finalidade: complementar a competência da equipe de execução do projeto, por meio da participação temporária de profissional qualificado.
Reajustes: categoria 1 passa de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil (30%); categoria 2 passa de R$ 3,5 mil para R$ 4.550 (30%); categoria 3 passa de R$ 2,5 mil para R$ 3.250 (30%).
4) Extensão no País (EXP):
Finalidade: apoiar profissionais e especialistas visando ao desenvolvimento de atividades de extensão inovadora ou transferência de tecnologia.
Reajustes: categoria A passa de R$ 4 mil para R$ 5,2 mil (30%); categoria B passa de R$ 3 mil para R$ 3,9 mil (30%); categoria C passa de R$ 1,1 mil para R$ 1.430 (30%).
5) Apoio Técnico em Extensão no País (ATP):
Finalidade: auxiliar o desenvolvimento de projeto mediante a participação de profissional técnico no apoio a atividades de trabalhos de laboratório, de campo e afins.
Reajustes: categoria A passa de R$ 550 pra R$ 770 (40%); categoria B passa de R$ 400 para R$ 560 (40%).
6) Fixação e Capacitação de Recursos Humanos – Fundos Setoriais (SET):
Finalidade: estimular a fixação e capacitação no País de recursos humanos com destacado desempenho acadêmico e tecnológico e/ou reconhecida competência profissional em áreas estratégicas e temas de interesse dos Fundos Setoriais.
Reajustes: categoria A passa de R$ 6 mil para R$ 7,8 mil (30%); categoria B passa de R$ 5 mil para R$ 6,5 mil (30%); categoria C passaa de R$ 4,5 mil para R$ 5.850 (30%); categoria D passa de R$ 4 mil pra R$ 5,2 mil (30%); categoria E passa de R$ 3,5 mil para R$ 4.550 (30%); categoria F passa de R$ 3 mil para R$ 3,9 mil (30%); categoria G passa de R$ 2,5 mil para R$ 3.250 (30%); categoria H passa de R$ 1,5 mil para R$ 1.950 (30%); categoria I passa de R$ 800 para R$ 1.040 (30%).
7) Apoio à Difusão do Conhecimento (ADC):
Finalidade: disseminar e popularizar a ciência, a tecnologia e a inovação, em nível nacional, por meio do desenvolvimento de competências/habilidades e atividades na área da divulgação científica.
Reajustes: categoria 1A passa de R$ 4 mil para R$ 5,2 mil (30%); categoria 1B passa de R$ 3 mil para R$ 3,9 mil (30%); categoria 1C passa de R$ 1,1 mil para R$ 1.430 (30%); categoria 2A passa de R$ 483 para R$ 700 (45%); categoria 2B passa de R$ 241 para R$ 300 (24%); categoria 2C passa de R$ 161 para R$ 200 (24%).
8) Iniciação ao Extensionismo (IEX):
Finalidade: fortalecer, mediante projeto de pesquisa ou extensão, orientado por pesquisador qualificado, a interação entre universidade e sociedade no que tange a geração e transferência de conhecimentos, construindo um ambiente favorável à promoção de uma agenda estratégica local voltada ao desenvolvimento sustentável.
Reajuste: categoria única passa de R$ 360 para R$ 700 (94%).