O deputado federal Bibo Nunes (PSL) divulgou em suas redes sociais que o novo reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) será o professor Luciano Schuch, primeiro colocado na lista tríplice indicada pela instituição. O anúncio foi feito ao lado do ministro da Educação, Milton Ribeiro.
Com 42 votos, Schuch foi o mais votado entre membros do Conselho Universitário, Conselho de Curadores e Conselho de Pesquisa, Ensino e Extensão da UFSM, seguido por Martha Adaime (32 votos) e Cristina Nogueira (29 votos). O mandato do novo reitor compreende o período de 2022 a 2025.
“Em reunião com o ministro da Educação, indicando o novo reitor da UFSM. A minha indicação foi o professor Luciano Schuch, que reúne todas as condições e está comprometido com a melhor educação para o Brasil, sem viés ideológico”, escreveu o deputado, cumprindo roteiro idêntico com a nomeação do reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Carlos André Bulhões. Na ocasião, Nunes também capitalizou politicamente ao bancar a escolha de Bulhões, que, todavia, não tinha sido o mais votado na lista tríplice da UFRGS.
“Tenho um carinho especial pelo ministro, pelo trabalho que está sendo feito, e a educação crescendo cada vez mais no Brasil”, disse o deputado.
No vídeo, o ministro da Educação comenta que Bibo Nunes tem “equilíbrio” e “sabe ver a situação com bastante clareza”. “Você não caminha nem pra extrema-direita e nem pra extrema-esquerda. A educação tem que ser um campo mais neutro, ela tem política, mas tem que ser um pouco mais neutra”, afirmou.
Tanto o parlamente gaúcho quanto o ministro enfatizaram o discurso bolsonarista de combate a uma suposta ideologização nas universidade. Segundo o deputado, para impedir haver política partidária dentro da academia. “Estamos para fazer a melhor educação que já teve no Brasil”, salientou, ainda que sem citar qualquer programa ou avanço na área do governo de Jair Bolsonaro.
A afirmação do parlamentar gaúcho foi referendada pelo ministro da Educação, que tem se notabilizado por declarações absurdas, como quando disse que a inclusão de alunos com necessidades especiais “atrapalha” o aprendizado das outras crianças.
“Educação é médio e longo prazo. Aos poucos, estamos conseguindo ter diálogo com todas as áreas ideológicas, mas a universidade tem que ser a mais isenta possível e focar na educação”, declarou Ribeiro.
