![A cerimônia de transferência do controle da Sulgás foi realizada no Palácio Piratini | Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini](https://sul21.com.br/wp-content/uploads/2022/01/privatizacao-da-sulgas-450x300.jpg)
O governador Eduardo Leite (PSDB) assinou nesta segunda-feira (3) o contrato de transferência do controle da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás) para a Compass Gás & Energia. A Sulgás foi vendida em um leilão realizado em outubro no ano passado, quando a Compass ofereceu a R$ 927.799.896,55 pela compra da estatal.
A Sulgás iniciou a comercialização de gás natural em 2000, com a conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil, e desde sua criação, em 1993, atua como uma sociedade de economia mista. A Compass arrematou 51% do capital social da companhia, que pertencia ao governo gaúcho. Os 49% restantes pertencem à Petrobras Gás S.A. (Gaspetro).
Atualmente, a empresa conta com uma rede de distribuição de aproximadamente 1,4 mil quilômetros, atendendo mais de 68 mil clientes em 42 municípios, com uma média de 2 milhões de metros cúbicos de gás natural distribuídos por dia. A empresa opera os serviços de gás canalizado em modelo de concessão, com vigência até agosto de 2044.
Na cerimônia de assinatura do contrato, Leite defendeu que a privatização da Sulgás permitirá mais investimentos no setor. “Com a gestão do setor privado, há maior capacidade de investimento e maior agilidade na tomada de decisões, já que uma empresa estatal precisa cumprir uma série de ritos burocráticos que inevitavelmente impactam na qualidade dos serviços e na capacidade de acoplar novas tecnologias. Isso é um ganho que se tem com a entrada da iniciativa privada, sob a regulação, fiscalização e acompanhamento do Estado”, disse.
A previsão de investimentos da Compass na Sulgás é de R$ 300 milhões nos próximos cinco anos.
Leite ainda afirmou que os R$ 927 milhões obtidos na venda da Sulgás estão sendo usados para viabilizar “investimentos estratégicos para infraestrutura, escolas, hospitais e outras áreas”.
A oposição do governo Leite defendia que a privatização da Sulgás não fazia sentido porque a empresa é lucrativa, tem poucos funcionários (cerca de 140) e já tinha capital privado. Em 2020, o lucro líquido da Sulgás fechou em R$ 79,4 milhões e investiu R$ 41,5 milhões.