Cultura
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21 de junho de 2024
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08:05

“Retomando Raízes”: documentário retrata cultura e história de comunidade Mbya Guarani

Por
Sul 21
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Comunidade indígena Mbya Guarani, residente no Mato do Júlio há mais de dois anos. (Divulgação)
Comunidade indígena Mbya Guarani, residente no Mato do Júlio há mais de dois anos. (Divulgação)

A comunidade indígena Mbya Guarani, residente no Mato do Júlio há mais de dois anos, está finalizando um documentário que pretende contribuir para a divulgação de sua cultura e história. Dirigido pela socióloga e produtora audiovisual Andresa Paiva, também moradora de Cachoeirinha, o projeto foi submetido ao edital audiovisual da Lei Paulo Gustavo do Município, onde conquistou o primeiro lugar na classificação geral.

Este documentário é resultado de uma parceria entre a diretora proponente e a comunidade indígena, com o objetivo de apresentar a Tekoa Karanda’ty à população de Cachoeirinha e região. Todo o projeto, desde a concepção até a execução, está sendo realizado de forma colaborativa, com a participação ativa dos membros da comunidade.

Intitulado “Retomando Raízes”, o documentário explora o processo de retomada da terra ancestral, o conflito territorial, a importância da agricultura e a profunda relação da comunidade com a natureza. Diversos moradores da comunidade indígena deram depoimentos à Andresa, das crianças aos anciãos, incluindo o pajé Alexandre Acosta e a sua esposa, Claudia Fernandes.

Divulgação

A estreia especial está prevista para o final de julho e contará com a presença de toda a comunidade e convidados. Após a estreia, o documentário será disponibilizado no YouTube, incluindo recursos de acessibilidade. Posteriormente também, a equipe do documentário realizará exibições comentadas em instituições sociais e de ensino, o qual faz parte da contrapartida do projeto cultural. Interessados em acompanhar o processo de produção do documentário e suas exibições podem seguir a página do Instagram @retomandoraizes.

Andresa Paiva comenta que muitos moradores de Cachoeirinha sequer imaginam a beleza natural presente no Mato do Julio, nem que lá há uma comunidade indígena preservando suas raízes culturais enquanto vive em harmonia com a natureza. Andresa destaca ainda que este momento de catástrofes climáticas é também uma oportunidade para aprendermos com aqueles que são os maiores defensores da preservação ambiental. 

Todo o processo de produção do documentário está sendo publicado na página do Instagram @retomandoraizes. A equipe do projeto disponibilizou um formulário para que aqueles interessados em organizar uma exibição comentada do documentário em instituições sociais e de ensino pudessem manifestar interesse. Até agora, receberam mais de 60 respostas, incluindo escolas do município de Cachoeirinha, Porto Alegre, Viamão, Canoas, Alvorada, Gravataí, além de setores da UFRGS e do IFRS. Junto com a comunidade, a equipe está se organizando para atender o máximo possível de instituições interessadas.

 


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