Neste episódio do Sul21 Recomenda, entrevistamos Clarissa Ferreira, musicista, etnomusicóloga, pesquisadora e compositora. Clarissa começou na música aos 12 anos, aprendendo violino em Bagé, instrumento com o qual se graduou no Bacharelado de Música, na Universidade Federal de Pelotas. Dando continuidade aos estudos ao nível de mestrado e doutorado na área de Campeirismo Musical e os Festivais Nativistas do Rio Grande do Sul, a musicista traz reflexões sobre a identidade musical gaúcha.
Confira um trecho da entrevista:
Eu toquei durante um bom tempo, uns dez anos, nos festivais de música nativista. Foi uma experiência bem marcante, de profissionalização mesmo, de trabalho. É um mercado de trabalho muito amplo. E pensar de que poucas mulheres ocupam esse espaço hoje. É uma problematização que eu faço bastante, que a maioria dos festivais ainda até hoje, 2023, são raríssimas as mulheres que participam. Poucas instrumentistas, algumas cantoras e pouquíssimas compositoras, porque tem toda uma formalidade de um entendimento do que vai se considerar uma música gaúcha, legítima ou não. Hoje tenho trabalhado com isso, com essas temáticas também, acho que ampliando outros espaços, criando outros espaços para essa música, que é também transgressora. Penso essa tradição de uma maneira nova, que repense e questione, que eu acho que é o grande ponto que incomoda.
Assista ao vídeo:
