Na tarde desta sexta-feira (15), a Prefeitura de Porto Alegre lançou ações de fomento à produção cultural no âmbito do programa Mais Cultura, que conta com investimento dos governos federal e municipal que somam mais de R$ 15 milhões. Os anúncios incluíram os recursos destinados pelo Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural (Fumproarte) e pelo edital da Lei Paulo Gustavo para o audiovisual da cidade.
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Os recursos municipais serão de R$ 4,6 milhões, utilizados para o Fumproarte. Dentro do Fundo, R$ 3 milhões servirão a 18 projetos para os desfiles de Carnaval de 2024 e R$200 mil para oito circuitos de blocos de rua. Pela primeira vez, o segmento tradicionalista gaúcho terá a seleção de 10 projetos, no valor de R$ 10 mil cada.
Kelly Ramos, presidente da União das Entidades Carnavalescas do Grupo de Acesso de Porto Alegre (Uecgapa), considera que o anúncio de R$ 800 mil a mais do que o previsto (de R$ 2,2 milhões) pode tornar o desfile de 2024 um dos melhores dos últimos anos. “É uma ascensão do carnaval em Porto Alegre. Isso é praticamente quase o dobro do que a Prefeitura investiu no carnaval passado, foi um momento de muita felicidade para o povo carnavalesco e agora é preparar o grande evento”, afirmou.
Ainda, o valor de R$ 1 milhão será destinado para áreas das artes como teatro, dança, hip-hop e exposições, sendo R$ 230 mil exclusivamente para artistas negros, com o aporte financeiro do Grupo Carrefour.
O secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, Henry Ventura, pontuou que o foco do programa é a descentralização da cultura, atendendo a vários segmentos. “Isso acontece por meio das sugestões vindas do Orçamento Participativo, de um intenso debate de discussão e construção com as pessoas que fazem a cultura”, disse.
Ao todo, serão R$ 11,3 milhões em recursos do governo federal no âmbito da Lei Paulo Gustavo. Pouco mais da metade do valor será destinado a produções audiovisuais, como curta-metragens, longas, documentários e formação de cineclubes. O edital prevê 68 projetos atendidos. Para áreas como dança e exposições será alocado 27% do valor e o restante destinado ao apoio à manutenção de salas de cinema.
Para Mariana Martinez, do escritório estadual do Ministério da Cultura (MINC) no Rio Grande do Sul, o lançamento do edital da Lei Paulo Gustavo marca a retomada da pasta, extinta nos governos anteriores. “A gente tem certeza que, com a implementação desses recursos aqui para Porto Alegre, vamos garantir o processo democrático e o entendimento da importância do setor cultural, pelo fortalecimento da nossa identidade, o exercício da nossa cidadania e para geração de emprego. E que esses recursos também sirvam para a reflexão da sociedade da importância da cultura e para que a gente nunca mais volte para o período onde a cultura era criminalizada”, disse.
