Cultura
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7 de novembro de 2022
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18:40

Curta resgata histórico do arroio Dilúvio, o ‘riacho que a cidade esqueceu’

Por
Sul 21
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Arroio Dilúvio é o maior afluente da margem leste do Guaíba. (Foto: Billy Valdez)
Arroio Dilúvio é o maior afluente da margem leste do Guaíba. (Foto: Billy Valdez)

O curta “Dilúvio – riacho que a cidade esqueceu” estará em cartaz neste mês de novembro com uma série de programações, procurando estimular o debate sobre a relação da capital gaúcha com o maior afluente da margem leste do Guaíba, o Arroio Dilúvio.

Nesta segunda-feira (7), a programação ocorre na Feira do Livro, no Auditório Barbosa Lessa, localizado no Espaço Força e Luz (Rua dos Andradas, 1223), a partir das 17h30min. Após a exibição, foi programada uma roda de conversa com a geógrafa Daniele Vieira, o ecologista Antônio Libório Philomena e o advogado José Renato de Oliveira Barcelos. Com mediação de Têmis Nicolaidis, uma das diretoras do curta-metragem, o debate busca pensar coletivamente sobre o Dilúvio, ensejando perspectivas que valorizem o curso de água enquanto patrimônio natural da cidade.

Fazendo uma análise geo-histórica, a obra resgata os diversos significados que o “Riachinho” já teve para os moradores da região. Desde o local de pesca de jacarés, batizado pelos guaranis de “Jacarehy”, passando pelo território negro que sofria com “diluvianas” enchentes até chegar no canal retificado. E que, apesar de todos os dejetos que recebe, teima em seguir vivo fluindo entre os carros da Avenida Ipiranga.

O filme traz a fala de pesquisadoras e pesquisadores de ramos diferentes das ciências, refletindo sobre a importância do curso d’água na vida da população em seu passado, presente e futuro, uma realização do Coletivo Catarse com o apoio do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários).

Dando seguimento à programação, do dia 7 a 12 de novembro ocorre em Porto Alegre o Campus Antropoceno. O documentário será disponibilizado como material suplementar para as atividades conduzidas na oficina Terra. Somando forças para a conscientização deste importante curso d’água, os artistas Beto Mohr e Tuane Eggers irão expor um vídeo-arte do projeto Dilúvio Vivo, que acontece no Instituto Goethe a partir do dia 9 de novembro. A exposição faz parte da programação do Campus Antropoceno e conta com a curadoria de Anelise De Carli.

No dia 19, o documentário terá um espaço na intervenção Guri do Arroio, de Roberto Freitas, que estará dentro da programação da Virada Sustentável. A escultura do jovem pescando, feita com resíduos retirados do arroio pela ecobarreira, será montada no Largo dos Açorianos, tendo na placa da obra um QR Code para o filme.

Já no dia 25, o filme será exibido na Sessão Bodoqe #5, encontro mensal realizado pelo Coletivo Catarse e Ponto de Cultura e Saúde Ventre Livre com sessão de cinema e música ao vivo. Além do Dilúvio, será apresentado o curta-metragem de ficção Tainhas no Dilúvio.

Finalmente, no dia 29, é a vez da comunidade do Areal da Baronesa receber a exibição do curta-metragem, que será projetado ao ar livre na Rua Luiz Guaranha.

Ao longo do mês de novembro o filme estará disponível tanto em exibições presenciais quanto no canal do YouTube do Coletivo Catarse, sem restrições para o público em geral.


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