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5 de outubro de 2010
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13:05

Grandes vitórias e fracassos irremediáveis: o placar do futebol nas eleições

Por
Sul 21
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Grandes vitórias e fracassos irremediáveis: o placar do futebol nas eleições
Grandes vitórias e fracassos irremediáveis: o placar do futebol nas eleições

Milton Ribeiro

Vários ex-atletas que entraram em campo nestas eleições não alcançaram os três pontos e a almejada classificação para a Câmara dos Deputados ou a Assembleia Legislativa de seus Estados. Veja como ficou o saldo de votos dos boleiros em 3 de outubro:

Alguns casos de sucesso

O ex-goleiro gremista Danrlei (PTB) da foto ao lado, foi o quarto deputado federal mais votado do Rio Grande do Sul com espantosos 173.787 votos, obtendo fácil classificação com muitas rodadas de antecipação.

Cassiá Carpes (PTB), um ex-duríssimo zagueiro do glorioso São Borja e ex-técnico do Grêmio e Inter, entrou na última vaga de deputado estadual de seu partido com um gol ao apagar das luzes. Fez 30.817 votos.

Romário (PSB), foi outro eleito para a Câmara dos Deputados, com 146.859 votos.

Seu companheiro de ataque na Copa do Mundo de 1994, Bebeto (PDT) recebeu parcos mas suficientes 28.328 votos, elegendo-se deputado estadual no Rio pelo saldo qualificado.

Lá, terá a companhia de Roberto Dinamite (PMDB), presidente do Vasco, reeleito com 39.730 votos.

Em Minas Gerais, Marques (PTB) mostrou ao Atlético-MG que nem tudo na vida é segunda divisão. Foi o segundo deputado estadual mais votado, com 153.225 votos.

O ex-goleiro João Leite (PSDB) reforçou o time dos atleticanos vencedores fora do campo com 84.316 votos para a Assembleia Legislativa de Minas.

E alguns fracassos

O técnico Valdir Espinosa (PDT) tentou tornar-se deputado estadual no Rio, mas, retrancado e sem opções para uma saída de bola decente, recebeu apenas 2.292 votos.

O ex-atacante gremista Tarciso, conhecido como Flecha Negra, percorreu 10.140 votos antes de encontrar o chão.

O ex-ídolo da torcida do Atlético-MG, o Rei Reinaldo, Reinaldo é nosso Rei (PV), atualmente vereador de Belo Horizonte, imitou o time dentro de campo e sofreu uma virada: isolado no ataque, perdeu a classificação para o cargo de deputado federal, recebendo apenas 22.201 votos.

O Corinthians pode ter uma grande torcida e ser a preferida da Rede Globo – a qual costuma mostrar seus jogos ad nauseam – mas não elegeu ninguém. O mais votado foi Marcelinho Carioca (PSB), que corria atrás de uma vaga na Câmara dos Deputados. Recebeu 62.397 votos e não chegou nem à repescagem.

Vampeta (PTB) e Dinei (PDT) tentaram, respectivamente, a deputação federal e estadual. Nada feito. Nem mesmo apresentar suas respectivas documentações em revistas para o público GLS aumentou o Ibope dos boleiros.

O vistoso e elegante futebol de Ademir da Guia (PPS), ex-vereador em São Paulo e melhor jogador da história do Palmeiras, foi ignorado pela massa palmeirense e não conseguiu vaga na Assembleia Legislativa paulista, ao abiscoitar apenas 17.196 votos.

Eleito vereador em Goiânia, o super hiper ultra artilheiro Túlio Maravilha (PMDB) fracassou na tentativa de tornar-se deputado estadual em Goiás. É autor de mais de 800 gols e 4.526 votos.

O também goiano Harlei (PSDB), cujo time está está louco para ir em direção ao brejo, não viu seu cometa decolar. Chegou a 167 votos… Também, com o Goiás indo para a segunda divisão!

E Robgol (PTB), ídolo-maior do Paissandu de Belém obteve só 11.814 votos no Pará.


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