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30 de setembro de 2010
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00:54

A Maldição de Clemer e o Adeus às Armas em Renan 2 x 0 Inter

Por
Sul 21
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A Maldição de Clemer e o Adeus às Armas em Renan 2 x 0 Inter
A Maldição de Clemer e o Adeus às Armas em Renan 2 x 0 Inter
Renan: decisivo

Milton Ribeiro

Dos 5 goleiros que vimos atuar no Inter na era pós-Clemer – Lauro, Abbondanzieri, Renan, Muriel e Nei – , o único que não tomou grandes frangos foi Lauro, enquanto Abbondazieri e Muriel pareceram estranhos e Nei foi pouco testado, apesar da excepcional amostra. De todos eles, o pior foi Renan. E é o titular, apesar de ter falhado incrivelmente nas semifinais da Libertadores em São Paulo contra o homônimo paulista e de ter caçado borboletas contra no segundo gol do Corinthians, domingo passado, além de outros recentes sucessos de má memória. É a Maldição de Clemer.

Ontem, Renan brindou-nos com dois frangos incríveis. No primeiro, ficou mascando um chiclé e mandou a barreira às favas. Toda esta confiança era justificada pela insanidade de Marcos Assunção, que tentaria um chute de 4 léguas. O chute foi meia-boca, claro, e Renan ficou com pena do palmeirense. No segundo, ele foi fingiu mais dureza: primeiro pediu a muralha humana, mas depois providenciou um formidável peru. Com isto, o Inter disse adeus às armas no Brasileirão e agora vai ficar rolando de rodada a rodada em longa agonia Abu Dhabi adentro.

Se Renan foi um capítulo à parte, os outros personagens não foram menos lamentáveis. Wilson Mathias parecia estar brincando de marcação; Giuliano comprovou que não serve para protagonista, preferindo concorrer ao papel de melhor coadjuvante; Andrezinho seguiu sem saber o que fazer quando sai jogando como titular e a defesa esteve insegura só de pensar que Renan estava por perto. E não me venham com aquela história de desfalques. Todos os times estão desfalcados nesta altura do Brasileiro.

Porém, se nos dedicarmos a descrever os principais lances do jogo, notaremos que tudo poderia diferente se Edu e Leandro Damião não tivessem perdido grandes chances antes de Renan começar seu implacável show. Aos 31min, quando o famigerado Marcos Assunção abriu deploravelmente o placar, uma chuva terrível caiu em protesto sobre Barueri.

A chuva esfriou os dois times, que caíram de produção. Apenas aos 44min o Palmeiras voltou a jogar, quando Kleber entrou na área pela direita e chutou forte rente à trave colorada, dando uma amostra do que esperava pelo Inter na segunda etapa.

No intervalo, Celso Roth promoveu a entrada de Alecsandro, que se recupera de interminável lesão, no lugar de Leandro Damião.

A chuva diminuiu e os dois times voltaram errando muitos passes e sem produzir grande coisa. Mas Renan estava em campo! E novamente o Palmeiras chegou ao gol em uma bola parada de Marcos Assunção. Na sequência, aos 16min, Kleber desperdiçou uma grande chance para ampliar, finalizando mal após receber passe de Valdívia, que passou entre três abobolhados marcadores.

O Inter não mostrou forças para reagir e o Palmeiras diminuiu o ritmo. Em uma das raras chegadas, Kleber desperdiçou mais uma chance de fazer o seu: aos 40min, o atacante passou por dois e entrou na área, mas demorou para chutar e Renan fez esforçada defesa.

Assim, o Inter despediu-se de suas pretensões no Brasileirão 2010.

Palmeiras 2 x 0 Inter

PALMEIRAS (2): Deola, Vitor, Maurício Ramos, Danilo e Gabriel Silva; Edinho, Márcio Araújo, Marcos Assunção, Tinga (Rivaldo) e Valdivia (Pierre); Kleber. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

INTERNACIONAL (0): Renan, Daniel, Bolívar, Sorondo e Kleber; Wilson Matias, Guiñazu, Andrezinho, Giuliano (Glaydson) e Edu; Leandro Damião (Alecsandro). Técnico: Celso Roth.

Gols: Marcos Assunção, aos 31 minutos do primeiro tempo, e aos 13 do segundo tempo.

Cartões amarelos: Edu e Giuliano (Internacional). Edinho e Kleber (Palmeiras).

Local: Arena Barueri, em Barueri. Data: 29/09/2010.

Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR). Auxiliares: José Amilton Pontarolo e José Carlos Dias Passos (ambos do PR).


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