Aos poucos, quando o planejamento das comissões técnicas para a próxima temporada começa a ser esboçado nas planilhas, os grandes clubes brasileiros tomam um susto. O calendário de 2017 será muito mais complicado que se imaginava.
Um clube como o Grêmio, por exemplo, pode disputar até 82 partidas (ou até um pouco mais) caso avance nas competições. No caso do clube gaúcho, começa com o torneio entre campeões, ainda em janeiro, passa por Primeira Liga, Estadual, Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil. Para se ter uma ideia do que significa esta ampliação: até há bem pouco tempo, os clubes reclamavam do teto de 70 partidas anuais.
Mesmo aqueles que não estão classificados para todas as competições terão problemas com o acúmulo de jogos.
Mas o pior está reservado para os momentos decisivos de três competições – Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil.
Todos lembram do que aconteceu este ano.
Com as disputas paralelas, muitos times passaram a utilizar reservas em algumas rodadas poupando os titulares para os jogos que consideravam mais importantes para seus objetivos, no Brasileirão ou na Copa do Brasil.
Em 2017 será pior porque além das duas competições nacionais, a Libertadores também chegará às rodadas decisivas no fim de novembro. Como o Brasileirão termina normalmente na primeira semana de dezembro, dá para imaginar a confusão. Haverá times prejudicados ou pela exigência do calendário ou pela pouca dedicação de algumas equipes em rodadas decisivas.
Por isso, mais do que nunca, os clubes terão de investir em reforços para qualificar e ampliar o grupo de jogadores.
Preparem-se. Haverá muito ranger de dentes.