Milton Ribeiro
Em 16 de agosto de 2006, o Inter disputava sua segunda final de Libertadores. Deu tudo certo, mas o fiasco de Filipe G. foi monumental. Estava 2 x 2 e, se o São Paulo fizesse o terceiro, iríamos para os pênaltis. Os paulistas pressionavam. Nem era muita pressão, como pude ver depois, mas ali, na hora, antecipávamos a hora e a vez em que tomaríamos o gol.
Então, aos 40 do segundo tempo, Filipe G. não suportou mais a pressão e declarou:
— Vou assistir o final no banheiro!
Assistir? Ato contínuo, ele se dirigiu ao referido recinto. Eu perguntava repetidamente a meu filho quantos minutos ainda tínhamos de jogo e lancei-lhe um olhar assassino quando ele, sempre consultando seu cronômetro, respondeu pela quarta vez que estávamos aos 42 do segundo tempo. Mas o importante nessa história é o Filipe. Ele entrou no banheiro com seu rádio a toda altura. Lá, encontrou uma seita.
— Desliga AGORA essa m… Aqui ninguém ouve rádio!
Ele observou o local. Havia umas 30 pessoas escondidas no banheiro, caminhando de um lado para outro, em silêncio, tentando adivinhar o que lhes dizia o som do estádio.
Hoje, às 21h50, nova final de Libertadores: Inter x Chivas:
Estádio: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)
Árbitro: Oscar Ruiz (COL)
Auxiliares: Abraham González e Humberto Clavijo (COL
Inter: Renan; Nei, Índio, Bolívar, Kléber; Sandro e Guiñazu; Tinga, D’Alessandro e Taison; Alecsandro (Rafael Sóbis).
Chivas:Michel, De Luna, Magallon, Reynoso e Ponce; Mejía, Báez, Fabián e Bautista; Bravo e Arellano.