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24 de setembro de 2018
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19:19

TRE proíbe caravana do Cpers de distribuir materiais com imagem de Sartori

Por
Luís Gomes
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TRE proíbe caravana do Cpers de distribuir materiais com imagem de Sartori
TRE proíbe caravana do Cpers de distribuir materiais com imagem de Sartori
Em carava, representantes do Cpers têm conversado com estudantes e professores de escolas estaduais. Na foto, parada em escola de Palmeira das Missões | Foto: Divulgação/Cpers

Da Redação

No último dia 21, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) confirmou uma decisão da primeira instância que determinou que o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) não mais distribuísse materiais considerados como propaganda negativa do governador e candidato à reeleição José Ivo Sartori (MDB) durante as visitas em escolas da caravana que o sindicato vem realizando pelo Estado desde julho. A decisão prevê uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

A ação, movida pela Coligação Rio Grande no Rumo Certo, argumentava que o sindicato estava fazendo “política partidária eleitoral” dentro de escolas “com objetivo de prejudicar” a candidatura de Sartori.

Advogado do Cpers, Marcelo Fagundes ressalta que o sindicato acatou a decisão judicial, mas destaca que ela não altera o cronograma da “Caravana em Defesa da Escola Pública”, uma vez que proíbe apenas a utilização de materiais com a imagem do governador e de deputados que votaram favoráveis a projetos de autoria do governo dentro de escolas. “O Cpers vai continuar fazendo a caravana normal, usando outros materiais e aqueles materiais fora das escolas”, diz Marcelo.

Ele afirma ainda que o sindicato venceu, até o momento, duas outras ações em que a campanha do MDB pedia a busca e apreensão dos materiais utilizados na caravana, o que não foi concedido pela Justiça. Por outro lado, afirma que o Cpers irá recorrer da decisão em que foi derrotado.

Em nota divulgada na semana passada, o sindicato diz que não está fazendo propagando eleitoral negativa, mas sim que, “no exercício legítimo de defesa” da categoria, está dialogando com a sua base e fazendo uma “retrospectiva” das ações da atual gestão e da atuação de deputados estaduais e federais em relação a projetos que afetam diretamente a educação pública. “Causa surpresa, então, que o candidato avalie como ‘propaganda negativa’ a exposição de seus próprios feitos à frente do Estado”, afirma a nota.

O sindicato diz que a caravana já percorreu mais de 20 mil km desde o dia 3 de julho e visitou mais de mil escolas. Entre as pautas debatidas pela categoria estão o fato de os professores terem tido 33 meses de salários parcelados ou atrasados, bem como estarem com os salários congelados.


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