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19 de dezembro de 2012
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20:00

Janeiro é prazo para propostas de regulamentação de armas nos EUA

Por
Sul 21
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“O fato de que esse problema é complexo não pode mais ser uma desculpa para não fazermos nada”, afirmou Obama em discurso no Congresso | Foto: Casa Branca

Da Redação

Após o massacre de 26 pessoas em uma escola infantil em Newtown, na sexta-feira (14), o presidente dos Estados Unidos Barack Obama estipulou que enviará propostas para uma nova política de armamento até janeiro de 2013.

“Desta vez, as palavras precisam levar a ações”, disse Obama nesta quarta-feira (19). Ele deixou a cargo do vice-presidente Joe Biden a liderança de um grupo administrativo para criar novas recomendações sobre a posse de armas e pressionar congressistas pela implementação imediata da proposta.

Obama também pediu ao Congresso que reimplemente o banimento às armas de assalto, expirado em 2004, e que aprove uma lei que impeça que pessoas comprem armas de fogo de vendedores privados sem certificação.

“O fato de que esse problema é complexo não pode mais ser uma desculpa para não fazermos nada”, afirmou Obama. “O fato de que não conseguimos prevenir cada ato de violência não significa que não podemos reduzir a violência”.

O tiroteio recente levou diversos congressistas pró-armas a considerar uma nova legislação sobre o tema, mas há preocupações de que a atenção à questão do armamento diminua quando o choque e o luto referente ao massacre em Newtown passarem.

Falando aos donos de armas, Obama disse que acredita que a vasta maioria dos proprietários de armas de fogo nos Estados Unidos são “responsáveis”. “Também aposto que a vasta maioria dos cidadãos de bem portadores de armas seriam os primeiros a dizer que devemos encontrar uma maneira de impedir que os poucos irresponsáveis comprem uma arma de guerra”, afirmou o presidente.

Obama também pediu que a equipe liderada por Biden pense em alternativas para melhorar o tratamento da saúde mental no país e em maneiras de criar uma cultura que não promova violência. Os departamentos de Justiça, Educação, Saúde, Serviços Humanos e Segurança do Território Nacional farão parte do processo.

Obama também desafiou a National Rifle Association (NRA), o lobby pró-armas mais poderoso dos EUA e apoiador dos Republicanos, a se unir aos esforços para reduzir a violência cometida por armas. A NRA deu sua primeira declaração desde o massacre nesta terça-feira (18), afirmando que oferecerá “contribuições significativas para que isso não ocorra de novo”.

Por fim, Obama afirmou que a redução da violência cometida por armas seria atingida se Washington buscasse uma mínima parcela da coragem encontrada pelos professores e pela diretora da escola Sandy Hook.

Com informações da Associated Press


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