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5 de abril de 2012
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17:41

Defesa de Demóstenes pedirá anulação de provas contra senador

Por
Sul 21
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A operação Monte Carlo, da Polícia Federal, registrou mais de 300 telefonemas entre o senador Demóstenes e o bicheiro Carlinhos Cachoeira Foto: Ailton Medeiros

Da Redação

Antônio Carlos de Almeida Castro, o advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima segunda-feira (9), a anulação das provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra o senador. O parlamentar é acusado de participar de esquema de exploração de jogos ilícitos que seriam comandados pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

O advogado argumentou que houve uma “usurpação da competência do STF” que não autorizou a Polícia Federal e o Ministério Público a realizar qualquer investigação contra o seu cliente. Desta forma, a linha de defesa do senador, nesse episódio, terá como base o argumento de que as provas foram obtidas ilicitamente.

Castro disse ainda, que existe no processo “um bando de ilegalidades” a começar pelo fato de Demóstenes Torres ter imunidade, pelo fato de ser parlamentar, e só poder ser investigado a partir de uma autorização do STF. Ele ressaltou que os autos apresentados pela Procuradoria-Geral da República mostram que a Polícia Federal, na Operação Monte Carlo, registrou mais de 300 telefonemas entre Demóstenes e Carlinhos Cachoeira o que deixa claro que “não foram encontros fortuitos”. A linha de defesa do parlamentar tentará mostrar que o Ministério Público e a Polícia Federal encontraram uma forma de “burlar a competência do STF”.

Situação política de Demóstenes Torres é complicada

Do ponto de vista político, a situação de Demóstenes é complicada no que se refere à preservação de seu mandato. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Eunício Oliveira (PMDB-CE), reconheceu que há um desgaste político “enorme” e o destino do mandato dependerá de como o processo de cassação terá andamento no Conselho de Ética.

“A situação dele (Demóstenes Torres) é difícil, complicada”, acrescentou o peemedebista. Ele acrescentou que “ter relações como uma pessoa (Carlos Cachoeira) que não é bem-vista pela sociedade não é problema. O problema é o envolvimento com ele”. Eunício Oliveira disse que a bancada do PMDB, pelo critério de proporcionalidade, tem o direito de indicar o presidente do Conselho de Ética, e por isso, se reunirá no início da semana que vem para decidir quem da base aliada será indicado para o cargo.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), procurou desvincular o caso de Demóstenes Torres das denúncias que começaram a aparecer de um suposto envolvimento do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, no esquema comandado por Carlos Cachoeira. Nesta semana foram veiculadas na imprensa, matérias que apresentam trechos das gravações feitas pela Polícia Federal de conversas entre a chefa de gabinete do governador, Eliane Gonçalves Pinheiro, e o empresário.

Com informações da Agência Brasil


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