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16 de novembro de 2011
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13:58

Justiça impede retorno de manifestantes do Occupy Wall Street

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Sul 21
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Policiais proíbem a circulação de pessoas na Praça Zuccotti | Foto: David_Shankbone/Flickr

Da Redação

O juiz Michael Stallman, da Corte Suprema estadual de Nova York, decidiu nesta terça-feira (15), proibir os integrantes do movimento Occupy Wall Street de voltarem a acampar na Praça Zuccotti, de onde, após dois meses de protestos contra os excessos do sistema financeiro, foram removidos na madrugada de segunda para terça-feira pela polícia, por ordem do prefeito da cidade, Michael Bloomberg.

A ordem do juiz, no entanto, não os impede de voltar à Zuccotti, rebatizada de “Praça da Liberdade”. Porém, os manifestantes não poderão voltar a instalar barracas, tal como a empresa proprietária do espaço, Brookfield Properties, havia solicitado às autoridades.

Em sua decisão, Stallman ressalta que os manifestantes não conseguiram demonstrar que o direito à liberdade de expressão justifica que eles continuem acampados na praça com barracas e outros equipamentos. Em contrapartida, os advogados do movimento pretendem recorrer da decisão. A sentença foi um balde de água fria para os membros do movimento, que convocaram uma nova assembleia geral para noite desta quarta-feira (16) para decidir os próximos passos.

Após serem removidos à força nesta madrugada, os manifestantes haviam conseguido uma ordem temporária — emitida pela juíza Lucy Billings — que lhes permitia retornar ao local com seus pertences, decisão que foi recorrida pela Prefeitura de Nova York e que motivou o bloqueio da praça pela Polícia.

Manifestantes de Londres também correm risco de despejo

Mas não é apenas nos EUA que a situação dos indignados encontra-se complicada em relação a seu acampamento. As autoridades municipais de Londres pretendem voltar a recorrer à Justiça na tentativa de forçar a retirada das centenas de manifestantes que acampam em frente à catedral de Saint Paul.

A City of London Corporation, empresa que administra o centro financeiro da capital britânica, informou nesta terça-feira (15), que voltará a adotar medidas legais depois que as negociações com os ativistas falharam.

Em um primeiro momento, as autoridades ofereceram um prazo até o Ano Novo para a retirada do acampamento, presente no local há um mês. Contudo, não foi possível que chegassem a um acordo.

“Fizemos uma pausa nas medidas legais durante duas semanas para realizar negociações com os acampados sobre como reduzir a extensão das barracas e fixar uma data para sua saída, mas essas negociações não chegaram a lugar algum”, explicou Stuart Fraser, o presidente da corporação da City. “Com a rejeição da data de saída, teremos de recorrer aos tribunais”, acrescentou.

Com informações da Agência EFE


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