Da Redação
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi (PDT), pediu desculpas à presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (10), em depoimento à Comissão de Finanças e Controle da Câmara dos Deputados. Assessores próximos do pedetista são alvo de denúncias de corrupção que foram publicadas na revista Veja.
Em seu depoimento, Lupi se retratou por ter dito, na terça-feira (8), que só sairia do ministério “abatido à bala”. A presidente da República não gostou do comentário e mandou a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, dizer a Lupi que “quem nomeia e quem demite ministros é a presidenta”.
“Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi minha intenção, eu te amo”, disse o ministro na Comissão de Finanças.
Ele reconheceu que às vezes exagera em suas reações. “Eu reajo agindo, gosto de fazer o embate. Peço desculpas públicas porque tenho humildade”, retratou-se.
Apesar de bancada do PDT no Congresso sustentar que apoia a permanência de Lupi no Ministério do Trabalho, ele enfrenta a revolta de ex-parlamentares e integrantes históricos do partido.
O ex-deputado pedetista e um dos fundadores da legenda, Fernando Bandeira, se reuniu com outros colegas para pedir investigação das denúncias. Ele e um grupo de trabalhistas encaminharam à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Controladoria-Geral da União (CGU) pedidos de investigação.
