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25 de setembro de 2011
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23:37

Sarkozy perde maioria no Senado para os partidos de esquerda

Por
Sul 21
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Presidente da França perde maioria absoluta no Senado neste domingo | Arquivo

Da Redação

Sete meses antes das próximas eleições presidenciais na França, o presidente Nicolas Sarkozy perdeu neste domingo (25) a maioria absoluta no Senado para os partidos de esquerda. Pela primeira vez desde 1958 o Senado, tradicionalmente dominado pela direita, se virou para uma maioria de esquerda.

Resultados iniciais das eleições indiretas mostraram que os candidatos da esquerda ficaram com pelo menos 23 assentos que eram do partido conservador. Analistas apontam que a mudança no Senado não representa um problema real para o governo Sarkozy, já que a Constituição francesa concentra os poderes legislativos na Assembleia Nacional. Mesmo assim, o presidente do Senado é o segundo homem do Estado francês, já que substitui o presidente da República e acompanha o chefe de Estado em todos os atos institucionais.

O Senado francês foi estabelecido em 1795, mas sua forma atual data de 1958, quando foi criada a V República. Desde esse ano, o senado sempre foi dominado pelos conservadores. Sua composição é renovada em 50% a cada três anos. O pleito tinha o objetivo de renovar, por voto indireto de 71.890 deputados, conselheiros gerais, regionais e delegados de conselhos municipais em 44 circunscrições e, para um período de seis anos, 170 cadeiras das 321 que constituem o Senado francês.

Antes da divulgação dos resultados oficiais, o aspirante a candidato do Partido Socialista nas próximas eleições presidenciais, François Hollande, favorito nas pesquisas, disse que o resultado seria “um fracasso sério, para não dizer grave, para (o atual presidente) Nicolas Sarkozy”.

Por sua parte, o primeiro-ministro, o conservador François Fillon, declarou em comunicado que “a oposição registrou um forte impulso” no Senado, que atribuiu a “divisões” em “numerosos departamentos” no seio de seu partido. Esta progressão da esquerda “era previsível, devido às últimas eleições locais”, nas quais a esquerda conseguiu uma tranquila vitória, acrescentou Fillon.

Com informações da Reuters, Agência France Press e Efe


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