Da Redação
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que a “pneumonia” que atinge os países mais ricos, em alusão à crise da dívida na Europa e a recessão nos EUA, pode passar para um “resfriado” para a América Latina, uma região melhor preparada do que antes para resistir a choques externos.
Essa é a análise do diretor do departamento para o Hemisfério FMI ocidental Nicolas Eyzaguirre. Durante a reunião anual do FMI e do Banco Mundial, em Washington, Eyzaguirre disse que ainda “duvida” da possibilidade de que a desaceleração no fluxo de capitais para a região possa avançar para uma paralisação completa.
“Estamos vendo que a chuva de capital está se desacelerando”, disse o chileno Eyzaguirre. Ele se referia aos fluxos de capitais especulativos e também aos investimentos produtivos nos países latinoamericanos. Em função do contexto internacional, o Fundo já prevê um crescimento econômico menor para a região.
Na nova edição de seu World Economic Outlook, as projeções do Fundo estimam um crescimento de 4,9% este ano e 4,1% em 2012 para a América do Sul, 3,9% e 4%, respectivamente na América Central e 3,3% e 4,3% em no Caribe. Para a região, os índices apontam para 4,5% este ano e 4% no próximo ano, bem acima do crescimento “anêmico” nos países desenvolvidos.
Durante entrevista coletiva, Eyzaguirre também demonstrou preocupação com os índices de inflação na Argentina. “Precisamos saber o que está acontecendo” em cada país para avaliar, disse Eyzaguirre, que observou haver “algumas dúvidas” sobre a confiabilidade dos indicadores argentinos. “É por isso que estamos envolvidos com as autoridades” de Buenos Aires para modernizar o indicador”, disse o economista. “É nossa obrigação de pressionar os países a ter a melhor informação possível”, acrescentou.
Com informações da Ansa