Da Redação
O deputado federal Giovani Cherini (PDT-RS), que assinou uma representação contra o músico Tonho Crocco na época em que era presidente da Assembleia Legislativa, admite pedir o cancelamento da ação judicial. Antes, porém, ele quer saber se é considerado o autor individual da ação – ou se estava falando em nome da instituição que presidia.
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Em janeiro deste ano, quando ainda era presidente da Assembleia, Cherini representou o Ministério Público para que analisasse o rap “Gangue da Matriz”, feito por Tonho Crocco em protesto contra o aumento salarial de 73% concedido pelos deputados. O músico recebeu nesta semana a intimação para uma audiência de conciliação no dia 22 – e a notícia causou repercussão nacional.
De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, Cherini não quis censurar ninguém e está disposto a retirar a representação. Para isso, porém, quer saber se realmente foi considerado o autor individual da ação. Cherini afirma que tomou a atitude em nome da Assembleia, atendendo o pedido dos colegas deputados. O atual presidente da Assembleia, Adão Villaverde (PT), diz o contrário: que a procuradoria da Casa foi informada de que a ação não é institucional, portanto, é Cherini quem deve tomar alguma atitude.
Procurado pelo Sul21 nesta quinta, Cherini disse que não pretende mais comentar a polêmica. “Sobre esse assunto, não falo mais”, afirmou ao telefone.
Na internet, apoiadores do músico se articulam para uma manifestação em frente ao Fórum Central de Porto Alegre, no dia 22, quando ocorre a audiência preliminar.
