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24 de maio de 2011
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14:35

Grécia avisa que, sem dinheiro do FMI e da UE, vai quebrar

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

O ministro da Economia da Grécia, Yorgos Papaconstantinu, disse  hoje (24) em Atenas que, se a Grécia não receber a quinta prestação de 12 bilhões de euros do empréstimo acertado no ano passado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com a União Europeia (UE), vai declarar falência. “Se não recebermos o dinheiro até o dia 26 de junho ficará impossível pagarmos nossas obrigações”, disse o ministro grego.

Sobre esta possibilidade, a agência de riscos Moodys advertiu hoje que a suspensão do pagamento prejudicará os bancos gregos e vai afetar outros países da periferia da zona do euro, como a Irlanda e Portugal, mas também a Espanha, que pode ser o próximo país a buscar ajuda.

Para o responsável pelo crédito da Moodys para a Europa, Alastair Wilson, a falta de pagamento da Grécia levará o foco para a Irlanda e Portugal que também acertaram empréstimos com o FMI e com a UE. Para Alastair Wilson, a Espanha, Itália e Bélgica não estão na mesma situação, mesmo que sua vulnerabilidade registrem  fortes pressões do mercado, podendo ser rebaixadas de categoria.

O governo grego está à espera de que suas medidas de austeridade recebam o aval das autoridades do FMI e da UE nesta quarta-feira (25), quando técnicos dos dois organismos chegam a Atenas para analisar o andamento da economia grega sob o empréstimo de 110 bilhões de euros, em três anos, concedido ao país no ano passado.

E para buscar mais 28 bilhões de euros do FMI e da UE até 2015, o governo grego anunciou outras medidas de austeridade. Além disso, está colocando em prática mais um plano de privatização de empresas estatais com o objetivo de arrecadar mais 50 bilhões de euros. O ministro Papaconstantinu atribuiu uma “recessão mais profunda que a esperada” para o crescimento da dívida fiscal nos primeiros quatro meses deste ano em mais de 7 bilhões de euros, ultrapassando em 322 milhões de euros na meta inicial. O ministro descartou completamente o abandono do euro. “Neste momento, o euro é um porto seguro para nós”, enfatizou o ministro Yorgos Papaconstantinu.

Com informações do El Pais.es


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