Em Destaque
|
1 de julho de 2016
|
14:34

Sul21 recomenda Incompreendida e a comédia do Porta dos Fundos

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

Um filme italiano sobre uma adolescente à qual os pais não dão a menor atenção e uma comédia do grupo Porta dos Fundos são os destaques dentre os lançamentos cinematográficos deste fim de semana. Mas há também um concerto da Ospa com belo programa, o “rock primitivo” dos Phantom Powers em espetáculo gratuito e Dois Gêmeos Venezianos, com texto do grande Carlo Goldoni.

Não é pouca coisa e há muito mais neste Recomenda.

De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21, com a programação do que acontece em POA.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

Incompreendida (****)
(Incompresa), de Asia Argento, França/Itália, 2014, 103 min

Incompresa
Protagonizado por Giulia Salerno, Incompreendida segue a pequena Aria, uma menina perdida entre uma guerra de adultos que se comportam como adolescentes. Aria parece invisível para os que a rodeiam, sejam os membros da sua família, seja o rapaz por quem está enamorada: “É a história da descoberta do mundo por parte de uma menina que vive a separação dos pais (…) que são egoístas mas engraçados”, afirmou Asia Argento. A atriz e realizadora acredita que o título é “a definição perfeita da infância”, pois evoca aquele sentimento de injustiça, de mal-entendido, de não ser ouvido. “O adulto não vê os filhos”, diz, recusando atribuir à dupla parental do filme o estatuto do monstros: “Eles não são monstros! São de extremos, mas continuamente mudam as suas ideias e o seu comportamento.” (excerto do C7nema).

No Guion Center 3, às 14h40, 16h35 e 20h30

Porta dos Fundos: Contrato Vitalício (***)
de Ian SBF, Brasil, 2016, 100 min

porta-dos-fundos-contrato-vitalicio
Miguel (Gregório Duvivier) e Rodrigo (Fábio Porchat) são dois amigos que costumam realizar filmes juntos. Certa ocasião, um de seus filmes ganha um prêmio importante em um festival internacional. Animados com a premiação, os dois saem para comemorar e Rodrigo assina, em um guardanapo de bar, um contrato vitalício que garante que ele estaria em todos os filmes de Miguel dali para frente. No entanto, Miguel desaparece e só retorna dez anos depois. Quando reaparece, ele leva para Rodrigo, agora um ator consagrado, a proposta de um filme insano que pode destruir sua carreira. (Do AdoroCinema)

No Cineflix Total 4, às 14h30, 17h20, 19h40 e 22h
No Cinespaço Wallig 7, às 14h30, 16h50, 19h e 21h20
No Cinemark Barra 1, às 13h20, 15h50, 18h30 e 21h
No Cinemark Ipiranga 2, às 13h20, 16h, 18h30 e 21h20
No Espaço Itaú 2, às 14h20, 16h40, 19h e 21h20
No GNC Iguatemi 1, às 14h10, 16h30, 18h40 e 21h
No GNC Moinhos 1, às 14h15, 16h25, 19h30 e 21h40
No GNC Praia de Belas 4, às 14h10, 16h30, 18h40 e 21h

Cinema – Em cartaz

Marguerite (*****)
(Marguerite), de Xavier Giannoli, França/Bélgica/República Checa, 2015, 129 min

marguerite2
Nos anos 1920, em Paris, Marguerite Dumont é uma mulher rica, apaixonada por música e ópera. Há anos canta regularmente para seu círculo de conhecidos. Marguerite é muito desafinada, mas isso nunca ninguém lhe disse. Seu marido e seus amigos mais próximos sempre mantiveram suas ilusões. Tudo se complica no dia em que Marguerite põe na cabeça que vai cantar diante de um público de verdade na Ópera Nacional de Paris. O filme é baseado na biografia real da vida da cantora estadunidense Florence Foster Jenkins. Marguerite podia ser surda para os tons musicais, mas o filme de Giannoli acerta em todas as notas.
https://youtu.be/-CYWf2RgBvA
No GNC Moinhos 4, às 14h e 21h10
No Guion Center 1, às 14h, 16h20, 18h40

A Academia das Musas (*****)
(La academia de las musas), de José Luis Guerín, Espanha, 2015, 92 min

academia das musas
Ao voltar de sua aula, um professor de filologia é questionado por sua mulher a respeito de seu novo projeto pedagógico. Ela está desconfiada da abordagem pedagógica que o marido pretende aplicar em sua “Academia das Musas”, um projeto em referências clássicas que promete contribuir para a regeneração do mundo através da poesia. Ele fala de musas, essas figuras capazes de inspirar poetas a criar algo que não existia antes. O polêmico projeto desencadeia uma série de situações dominadas pela palavra e pelo desejo. Um filme sobre a teoria e a prática do amor.
https://youtu.be/aMkMvnXhW3A
No Guion Center 2, às 16h05 e 19h30

A Odisseia de Alice (****)
(Fidelio, l’odyssée d’Alice), de Lucie Borleteau, França, 2014, 97 min

odisseia de alice
Alice (Ariane Labed) é engenheira especializada em cargueiros. Ela trabalha muito bem e é reconhecida por sua postura profissional, sendo frequentemente a única mulher entre dezenas de homens. Alice tem um namorado norueguês, que sempre espera por ela em solo. Mas durante as viagens, ela reencontra um antigo amor, o capitão Gaël (Melvil Poupaud), e pensa que esta pode ser a oportunidade de reatar com um dos únicos homens que realmente amou.

No Guion Center 2, às 17h45

As Montanhas se Separam (****)
(Shan he gu ren), de Jia Zhang-ke, China/Japão/França, 2015, 126 min

as-montanhas-se-separam
Tudo começa com um triângulo amoroso. A professora Tao tem como pretendentes dois amigos de infância: Zhang, dono de um posto de gasolina, e Liangzi, que trabalha numa mina de carvão. Zhang, com espírito empreendedor, vai tornar-se dono da mina em que Liangzi trabalha e, assim, o confronto amoroso se espelha e se reflete no confronto da China moderna, entre trabalho e capital, que põe em xeque a própria identidade do país.

No Guion Center 1, às 21h

Paulina (*****)
(La Patota), de Santiago Mitre, Argentina, 2015, 103 min

Mitre-Paulina
Paulina tem sua estreia no Brasil em uma hora extremamente necessária. Com um caso de estupro coletivo tendo acontecido recentemente em nosso país, o longa traz discussões importantíssimas sobre a violência contra a mulher, o machismo e a reação da vítima após o crime. A trama, que é um remake do La Patota dos anos 60, conta a história de Paulina, protagonizada pela talentosa Dolores Fonzi, uma advogada quase doutora que desiste de terminar seus estudos temporariamente para dar aula em uma região carente da Argentina. Alguns dias após sua chegada, ela é abusada por uma gangue local e, a partir daí, começa a tomar decisões absurdas para o gosto de seu pai, um juiz veterano renomado. Dirigido por Santiago Mitre (O Estudante) e coproduzido pelo brasileiro Walter Salles (Central do Brasil), o longa deixa uma nuvem de dúvidas no final dele. Mas não que isso seja ruim. Paulina é um daqueles filmes que a gente sai do cinema e já quer comentar sobre. E temos tantas coisas para discutir… (Excerto retirado do Quadro por Quadro).

No Espaço Itaú 8, às 15h20
No GNC Moinhos 4, às 16h40 e 19h
Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h

Trago Comigo (****)
(Trago comigo), de Tata Amaral, Brasil, 2013, 84 min

trago comigo
Quando propôs uma série de TV, em 2009, sobre um diretor teatral que monta uma peça sobre sua experiência da luta armada contra a ditadura, a cineasta Tata Amaral ouviu coisas do tipo: “Por que tratar disso?”, “Ninguém mais quer saber desse assunto”. A estreia do longa-metragem “Trago Comigo”, montado a partir da série, em pleno 2016, quando um golpe institucional destituiu a presidenta eleita e o discurso da ditadura é retomado sem pudor, mostra a absoluta pertinência do tema. O filme é forte, sensível e profundamente humanista, com excelentes atuações de Carlos Alberto Ricelli e seus jovens acompanhantes. E traz depoimentos reais de vítimas de torturas. A pauta de Tata Amaral, já tratada no excelente “Hoje”, vai na contramão do esquecimento imposto pelo arranjo da Anistia de 79, urdido pelos representantes da ditadura agonizante e de um Congresso dócil, que enfiou as mazelas do período autoritário – torturas, mortes, perseguições, censura, vidas destroçadas, gerações perdidas, o país tutelado – para baixo do tapete, com a cumplicidade da mídia. Quantos editoriais foram escritos saudando aquele arremedo de Anistia como “conciliação nacional”, quando justamente o papel dos jornais seria o de informar? (Por Rafael Guimaraens, no Sul21. Aqui, o texto completo.).

No CineBancários, às 17h

Ponto Zero (****)
de José Pedro Goulart, Brasil, 2015, 94 min

Ponto_zero_Gramado
Um pai de caráter nada inspirador, uma mãe perturbada pela confusão mental e quase nenhum aliado isolam o protagonista adolescente de Ponto zero. Alvo de agressões físicas e de zombaria na escola, ele também é asfixiado pelo complicado ambiente familiar. Vivido por Sandro Aliprandini, Ênio está ansioso e sozinho, em permanente silêncio por quase toda a trama do longa. Num contexto de cruel discriminação e quase nula vivência social — vivendo praticamente na companhia do celular — surge o desejo sexual. E Goulart o persegue nessa noite de aventura em busca do amadurecimento. É um rito de iniciação que demonstrará se ele tem fôlego para crescer.
No Espaço Itaú 8, às 19h30
Na Sala Eduardo Hirtz, às 19h

Truman (****)
de Cesc Gay, Espanha / Argentina, 2015, 106 min

darintruman
Em Truman, Ricardo Darín interpreta Julián, um doente terminal de câncer que decide interromper o tratamento diante do agravamento de seu estado de saúde. E, acompanhado pelo melhor amigo, tenta encontrar um novo lar para Truman, seu cachorro. Quando Julián (Ricardo Darín) recebe uma visita inesperada do seu amigo de infância Tomás (Javier Cámara) que vive no Canadá, o encontro é ao mesmo tempo doce e amargo. Este reencontro, depois de vários anos, será também o último. Depois de lhe ser diagnosticado um câncer terminal, Julián decide pôr fim ao tratamento continuado que recebe, para poder concentrar-se em deixar todos os seus assuntos em ordem: a distribuição dos seus bens, as coisas para seu funeral, e acima de tudo, encontrar um lar para o seu mais fiel amigo -– o cão Truman. Entre diálogos repletos de humor e passeios pelas ruas de Madrid visitando livrarias, restaurantes, médicos e veterinários, a relação dos dois amigos vê-se fortalecida, sendo cada vez mais difícil a separação.

Na Sala Paulo Amorim, às 17h30

Exposições e Artes Plásticas

Coleção da Fundação Edson Queiroz
Na Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2.000
Até 17 de outubro

A exposição reúne um conjunto de 76 obras da Fundação Edson Queiroz, uma das mais amplas e sólidas coleções da arte brasileira do País. A mostra tem como foco a produção de artistas atuantes no Brasil entre as décadas de 1920 e 1960, abrangendo do modernismo à arte abstrata. Trata-se de uma oportunidade única para o público de Porto Alegre entrar em contato com esse período tão singular da arte nacional.

Abertura: 23 de junho, das 19h às 21h
Exposição: de 24 de junho a 17 de outubro
De terça a domingo, das 12h às 19h (último acesso às 18h30)
Na Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000 – Porto Alegre)

Reprodução
Reprodução

“Francisco Brennand – O Senhor da Várzea, da Argila e do Fogo”
Até 4 de setembro de 2016
Santander Cultural – Rua Sete de Setembro, 1028 – Centro Histórico

Esta deve ser a maior e melhor exposição deste ano no Santander Cultural. Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand (Recife PE 1927). Ceramista, escultor, desenhista, pintor, tapeceiro, ilustrador, gravador. Inicia sua formação em 1942, aprendendo a modelar com Abelardo da Hora (1924). Posteriormente, recebe orientação em pintura de Álvaro Amorim (19-?) e Murilo Lagreca (1899 – 1985). No fim dos anos 1940, pinta principalmente naturezas-mortas, realizadas com grande simplificação formal. Em 1949, viaja para a França, incentivado por Cicero Dias (1907 – 2003). Freqüenta cursos com André Lhote (1885 – 1962) e Fernand Léger (1881 – 1955) em Paris, em 1951. Conhece obras de Pablo Picasso (1881 – 1973) e Joán Miró (1893 – 1983) e descobre na cerâmica seu principal meio de expressão. Entre 1958 a 1999, realiza diversos painéis e murais cerâmicos em várias cidades do Brasil e dos Estados Unidos. Em 1971, inicia a restauração de uma velha olaria de propriedade paterna, próxima a Recife, transformando-a em ateliê, onde expõe permanentemente objetos cerâmicos, painéis e esculturas. Em 1993, é realizada grande retrospectiva de sua produção na Staatliche Kunsthalle, em Berlim. É publicado o livro Brennand, pela editora Métron, com texto de Olívio Tavares de Araújo, em 1997. Em 1998, é realizada a retrospectiva Brennand: Esculturas 1974-1998, na Pinacoteca do Estado – Pesp, em São Paulo. Desde os anos 1990, são lançados vários vídeos sobre sua obra, entre eles, Francisco Brennand: Oficina de Mitos, pela Rede Sesc/Senac de Televisão, em 2000.

Horários de Visitação
De terças a sábados, das 10hs às 19hs
Domingos, das 13hs às 19hs.
Não abre às segundas feiras e feriados.
Brennand

Futurama 2
Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS)
Galerias Xico Stockinger e Sotero Cosme- 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Até 24 de julho

A exposição apresenta jovens produções artísticas com uma pluralidade de linguagens, suportes e mídias, dando continuidade da exposição Futurama, realizada em 2014. Tem o objetivo de mapear esta produção recente e dar continuidade à pesquisa da curadora Ana Zavadil, autora do livro Entre: curadoria A-Z (2013), que registrou a produção artística gaúcha dos anos 2000 a 2010.
futurama 2

A arte recicla o vidro
No Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Rua dos Andradas, 1223
Até 9 de julho, de terça a sexta das 10h às 19hs, sábados das 11h às 18h

A Arte Recicla o Vidro é a exposição que inaugura visitação no dia 06 de junho no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV). Berna Miotti, Carmem Seibert, Eliane Salvi e Teka Kaufmann trabalham há anos com a reciclagem de garrafas vítreas transformando-as, através da técnica milenar, a fusão em vidro (Fusing) a 800 graus.
O desenvolvimento da técnica sustentável originou A Arte Recicla o Vidro, exposição que, de forma criativa, demonstra como reaproveitar um abundante material considerado lixo com técnica e design, tornando-as peças escultóricas e/ou utilitários. A exposição fica no mezanino e na Sala O Tempo e a Energia, 2º andar do CCCEV – Rua dos Andradas, 1223, Centro Histórico em Porto Alegre – até o dia 09 de julho de 2016.
57472d0e7a646

Música

Ospa — Série UFRGS 2016
No Salão de Atos da Universidade, Av. Paulo Gama, 110
Dia 5 de julho, terça-feira, às 20h30

O repertório do quarto concerto da Série UFRGS 2016 da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre contempla três grandes obras do repertório sinfônico: o “Concerto para violoncelo” de Edward Elgar; “Quatro Danças: Estância” de Alberto Ginastera; e “Choros nº 10” de Heitor Villa-Lobos. A apresentação será regida pelo maestro Manfredo Schmiedt. Fazem participações especiais o solista Matias Pinto, violoncelista brasileiro radicado na Alemanha, e o Coro Sinfônico da Ospa, que interpreta a peça nacional.

Foto: site do artista
Foto: site do artista

Phantom Powers
Dia 2 de julho, sábado, às 17h, no Átrio do Santander Cultural
Rua Sete de Setembro, 1028 | Centro Histórico

Em julho, o Santander apresenta cinco atrações musicais, sempre aos sábados, às 17h, com entrada franca e distribuição de senhas a partir das 14h do dia de cada show. No primeiro sábado do mês, dia 2, o rock primitivo da dupla Phantom Powers homenageia Elvis Presley e Johnny Cash. Segue dia 9 com uma apresentação histórica da pianista Eudóxia de Barros. A novidade da MPB, Clara Gurjão, dia 16, apresenta seu primeiro disco Ela. Dia 23, direto do Mississipi, o blueseiro americano Super Chickan promete atrair os amantes do gênero. Dia 30, Diego Poloni executa ao vivo, no cinema do Santander Cultural, a trilha sonora do filme As mãos de Orlac, de 1924. Os Phantom Powers são uma de rock primitivo. A surf music, o rock and roll e o blues da guitarra de Ray Z, misturados aos vocais guturais e o ritmo garage punk do Tio Vico formam a essência deste trabalho. O repertório é composto por temas autorais e versões de artistas que influenciam o duo, tais como Link Wray, The Ventures, The Cramps, The Sonics, Ministry e Screamin Jay Hawkins. Neste show, a dupla faz uma homenagem a dois ícones do rock e da musica country: Elvis Presley e Johnny Cash.

Foto: Branco Produções
Foto: Branco Produções

Teatro

Os Dois Gêmeos Venezianos
No Teatro Renascença, Av. Erico Verissimo, 307 – Menino Deus
Sexta (1), sábado (2) e domingo (3), às 20h

Dois gêmeos idênticos, Fabrício, criado em Veneza, esperto e charmoso, e Tonino, criado em Bérgamo, tolo e desajeitado, se encontram, ao mesmo tempo, na cidade de Verona. Ambos vêm em busca de suas amadas, mas não sabem da presença um do outro. O caos se estabelece quando joias, bagagens e declarações de amor são enviadas ao irmão equivocado. Os criados: Arlequim e Colombina; os velhos: Doutor e Pancrácio; o Capitão e os enamorados acabam envolvidos nesse jogo de erros provocado pelos gêmeos, criando situações hilárias e absurdas, típicas da commedia dell’arte. No saguão do teatro Renascença, o grupo busca trazer um pouco do conhecimento adquirido e experenciado durante o longo processo da montagem de Os Dois Gêmeos Venezianos. Tudo começa a partir da exposição de painéis na seguinte ordem: primeiro falando de Carlo Goldoni, o grande autor deste texto, depois sobre a commédia dell’arte, gênero teatral escolhido para a encenação, sobre os “canovaccios” que eram os roteiros utilizados para série de improvisos nos moldes da commédia dell’arte e, por último, dois painéis falando sobre as máscaras que utilizamos nesse espetáculo, dentre elas: os enamorados, o pantalone, o dottore, arlequim, Colombina e Capitani.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Casal Palavrakis
Na Sala Álvaro Moreyra, Av. Erico Verissimo, 307 – Menino Deus
De 10/06 a 10/07, de sexta a domingo, às 20h.

Dirigido por Maurício Casiraghi, O Casal Palavrakis fará a primeira temporada em Porto Alegre a partir do dia 10 de junho na Sala Álvaro Moreyra. A estreia também marca as comemorações de cinco anos de atividades da Ato Cia. Cênica – um dos mais jovens e premiados grupos de teatro do Rio Grande do Sul. Primeira montagem gaúcha para o texto da dramaturga espanhola Angélica Liddell, a peça leva à cena o cotidiano do casal Elsa e Mateo Palavrakis. Apresentado de forma fragmentada, o roteiro avança e recua no tempo. Aos poucos, o público é inserido em uma atmosfera de violência e pesadelo. O espetáculo tem a narrativa multiplicada por imagens geradas ao vivo por câmeras posicionadas e operadas pelos próprios atores, buscando novas relações de tempo, espaço e memória. A dramaturgia serve como plataforma de experimentação e pesquisa. Os atores utilizam diversos elementos orgânicos – como ovo, farinha e leite – na busca de quadros que expressem a relação dos personagens por meio da performance.

Foto Diego Bregolin
Foto Diego Bregolin

Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora