Da Redação
Os professores estaduais foram surpreendidos, na sexta-feira (25), ao acessarem o contracheque referente à folha do mês de setembro e verificar que o governo descontou os dias de greve. Presidente do Centro dos Professores do Estado Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), Helenir Aguiar Schürer informou que a entidade sindical recebeu inúmeras reclamações de professores do Interior que tiveram os dias descontados. A dirigente diz que o Cpers irá cobrar do Piratini a reposição dos valores. Do contrário, o sindicato pretende recorrer à Justiça para garantir o pagamento.
Na última quarta-feira (23), a direção do Cpers se reuniu com o secretário da Educação, Vieira da Cunha, para tratar da recuperação das aulas, oportunidade em que solicitou que o governo não descontasse dos dias parados. O titular da pasta, por sua vez, respondeu que a decisão caberia ao governador José Ivo Sartori (PMDB), comprometendo-se em levar a reivindicação dos professsores ao chefe do Piratini. “Nós fomos surpreendidos, é o fim da picada, é uma violência do governo que atrasa salários, que parcela salários”, disparou Helenir. Nesta segunda-feira (28), o sindicato irá ter uma nova rodada de negociação com o secretário. “Nós voltamos a renegociar, mas se não conseguirmos (pagamentos dos dias), vamos garantir nossos direitos na Justiça”, avisou a presidente do Cpers.
Se o governo não recuar em sua decisão, a professora adiantou que não serão recuperadas as aulas. “Queremos que o governo recue dessa decisão para podermos conversar para recuperar os dias parados”, concluiu ela.
Os contracheques confirmam o pagamento do salário integral, porém com os descontos dos dias paralisados.
